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O Itaú BBA destaca que a tese de fluxo de caixa livre (FCF) do Assaí (ASAI3) se mantém consistente, com a desalavancagem e a transferência de valor dos detentores de dívida para acionistas como principais motores de criação de valor. Às 10h17, as ações da companhia recuavam 3,01%, a R$ 9,98.
Segundo estimativas, a companhia gerou R$ 480 milhões de fluxo de caixa (FCF) no primeiro semestre de 2025, superando as expectativas e reforçando a projeção de mais de R$ 1 bilhão para os próximos anos.
Nesse contexto, a instituição mantém recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para o papel e ajusta o preço-alvo para o final de 2026 para R$ 13 por ação, implicando potencial de valorização de 26%.
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No curto prazo, o momentum depende do desempenho da receita, que ficou abaixo do esperado. Após um abril robusto, o crescimento foi prejudicado pelo desempenho mais fraco na segunda metade do trimestre.
O BBA espera que investidores revisem levemente para baixo as estimativas de receita, considerando a menor inflação de alimentos, impulsionada pela valorização do real. O terceiro trimestre será crucial para identificar a tendência.
O BBA também observa que a margem bruta deve permanecer resiliente, apoiada na otimização de preços e na marca própria, embora isso já esteja refletido no consenso de mercado. Com isso, o banco projetou lucro líquido (ex-IFRS 16) de R$ 1,315 bilhão para 2026, equivalente a 10,6 vezes Preço/Lucro, com revisão de 2% devido a tendências mais fracas de receita.
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Analistas apontam a menor inflação de alimentos como a principal preocupação, impactando diretamente as vendas mesmas lojas (SSS) e podendo afetar a geração de FCF.
Vendas mesmas lojas maduras abaixo da inflação de alimentos
O BBA ressalta que, ao analisar apenas lojas legacy (excluindo Extra), as vendas por m² de lojas maduras continuam abaixo da inflação de alimentos, mesmo após ajuste da inflação geral em cerca de 1,5 a 2 pontos percentuais para refletir melhor a cesta interna do Assaí. Embora grande parte da canibalização das lojas Extra convertidas tenha sido absorvida, a competição continua impactando o desempenho.
Além disso, a companhia destacou o comportamento persistente de “trade-down”, estimado em reduzir cerca de 5 pontos percentuais das vendas totais no 1T25. Incorporando essas dinâmicas, o BBA projeta que a lacuna em relação à inflação de alimentos só será totalmente fechada em 2027, com crescimento de SSS de 4,3% para 2026 e 2027.
O relatório também aponta que o aumento das deduções no 2T25 fez a receita líquida crescer cerca de 1 ponto percentual abaixo da receita bruta, devido à mecânica do regime de substituição tributária (ST), em que o ICMS é recolhido antecipadamente e incorporado ao custo dos produtos.
No estado do RJ, produtos que antes tinham ICMS incluído no COGS (custo de produtos vendidos) passaram a ter o imposto cobrado separadamente na venda. Trata-se de uma reclassificação contábil: o imposto que antes estava no COGS agora é deduzido da receita bruta, sem efeito relevante sobre o lucro bruto. Esse ajuste reduz mecanicamente o crescimento da receita líquida e infla a margem bruta. Normalizando as deduções do 2T25, a margem bruta teria avançado 8bps em vez dos 23bps reportados, indicando expansão subjacente mais modesta que em trimestres anteriores.