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A Meta (M1TA34) contratou dois importantes pesquisadores de inteligência artificial que trabalhavam na Apple (AAPL34), logo após recrutar o antigo chefe deles da fabricante do iPhone.
O gigante das redes sociais contratou Mark Lee e Tom Gunter para sua equipe do Superintelligence Labs, segundo fontes com conhecimento do assunto. Lee já começou na Meta após deixar a Apple recentemente, enquanto Gunter começará a trabalhar em breve, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as contratações ainda não foram anunciadas.
Essas movimentações fazem parte da corrida por talentos em IA na indústria de tecnologia. A Meta, dona do Facebook e Instagram, tem sido especialmente agressiva em seu recrutamento. O CEO Mark Zuckerberg fez da inteligência artificial a principal prioridade da empresa, investindo pesado em trabalhadores e centros de dados para tentar acompanhar rivais como OpenAI e Google.
Gunter deixou a Apple no mês passado, informou a Bloomberg News na época, e tanto ele quanto Lee trabalharam de perto com Ruoming Pang, chefe da equipe de grandes modelos de linguagem da Apple, que a Meta recrutou no início deste mês. Para garantir Pang, a Meta ofereceu um pacote de compensação multianual avaliado em mais de US$ 200 milhões, segundo a Bloomberg.
Lee era conhecido como a primeira contratação de Pang na Apple, enquanto Gunter, que era engenheiro distinto na Apple, era considerado um dos funcionários mais seniores do grupo. Gunter começou em outra empresa de IA após sair da Apple e saiu recentemente.
Um porta-voz da Meta recusou-se a comentar, enquanto a Apple não respondeu ao pedido de comentário.
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As últimas contratações refletem a turbulência contínua na equipe Apple Foundation Models (AFM), que desenvolve a tecnologia que sustenta a IA generativa. Os principais executivos de IA da empresa têm considerado usar modelos externos para alimentar a assistente de voz Siri e outros recursos da Apple Intelligence, o que deixa o futuro da equipe incerto.
O grupo responde à chefe de pesquisa Daphne Luong, uma das principais auxiliares do vice-presidente sênior de IA John Giannandrea. Eles estão avaliando mudanças estratégicas junto com Mike Rockwell e Craig Federighi, executivos de software agora responsáveis pela Siri. A ideia seria usar o ChatGPT da OpenAI ou o Claude da Anthropic PBC como base para a Apple Intelligence a partir do próximo ano.
Para lançar os recursos prometidos para a Siri, incluindo a capacidade de acessar dados pessoais para responder a consultas, a Apple está desenvolvendo simultaneamente versões com seus próprios modelos e com tecnologia de terceiros. Antes do lançamento da nova assistente de voz na próxima primavera, a empresa terá que decidir qual software subjacente usar.
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A Meta tem aproveitado essa incerteza com ofertas generosas de emprego. Em muitos casos, a Meta promete remuneração várias vezes maior do que a paga pela Apple aos engenheiros da AFM. Para evitar mais saídas, a Apple começou a oferecer aumentos salariais a alguns engenheiros do grupo — que conta com cerca de 100 pessoas — para que permaneçam.
Ainda assim, esses aumentos estão longe das ofertas da Meta. Gunter, por exemplo, está entrando em um grupo de vários outros especialistas em IA que recebem pacotes multianuais superiores a 100 milhões de dólares.
No início desta semana, Zuckerberg postou no Threads que a Meta “investirá centenas de bilhões de dólares em computação para construir superinteligência”, uma referência ao conceito de uma forma avançada de IA que pode realizar tarefas melhor que humanos. Alguns dos principais contratados em IA da empresa foram designados para mesas próximas a Zuckerberg na sede da empresa em Menlo Park, Califórnia, facilitando a colaboração.
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“Estou focado em construir a equipe mais elite e densa em talentos da indústria”, escreveu ele no Threads.
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