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O governo do Irã lançou, nesta segunda-feira (23), uma ofensiva com mísseis balísticos contra a base aérea de Al Udeid, no Catar — considerada a principal instalação militar dos Estados Unidos no Oriente Médio.
O ataque ocorre em retaliação à destruição parcial de três centrais nucleares iranianas em uma operação conjunta de EUA e Israel no sábado (21).
Testemunhas relataram explosões no céu de Doha, capital do país, enquanto vídeos que circulam nas redes sociais mostram clarões e o acionamento de sistemas antimísseis. Segundo as autoridades catarianas, os mísseis foram interceptados com sucesso, e não há registros de vítimas ou danos materiais até o momento.
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Al Udeid abriga cerca de 8 mil militares dos EUA e serve como quartel-general do Comando Central da Força Aérea Americana (AFCENT). Também há militares britânicos atuando na base em regime rotativo.
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Informações foram confirmadas pela Reuters e pelo Wall Street Journal; segundo o Pentágono, não há relatos de baixas norte-americanas após o ataque de mísseis balísticos iranianos
Irã confirma ataque e promete continuar respondendo
A ação foi confirmada pela Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), braço militar de elite do Irã. Em comunicado, o grupo declarou: “As bases americanas na região não são pontos fortes, mas vulnerabilidades”. O IRGC também reiterou que qualquer agressão à soberania iraniana será respondida “sem exceção”.
Segundo fontes iranianas ouvidas por agências internacionais, Teerã teria comunicado autoridades do Catar com antecedência sobre a ofensiva para evitar baixas civis — uma tentativa de calibrar a retaliação sem provocar uma escalada total com Doha.
Catar ameaça resposta diplomática e militar
O Ministério das Relações Exteriores do Catar afirmou que “repudia veementemente a violação de sua soberania” e advertiu que o país “se reserva o direito de uma resposta proporcional”. A declaração foi feita pelo porta-voz Majed Al Ansari, em publicação na rede X (ex-Twitter).
O governo local também suspendeu temporariamente seu espaço aéreo, desviou voos da Qatar Airways e intensificou medidas de segurança na capital.
A Casa Branca confirmou que monitora a situação “de forma contínua” e afirmou que a Base de Al Udeid já estava em alerta máximo desde o início dos confrontos entre Irã e Israel. Segundo fontes do Pentágono, há preocupação com possíveis novos ataques a instalações dos EUA no Iraque, Bahrein e Kuwait.
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Sites de rastreamento aéreo indicaram que cerca de 100 voos com destino a Doha foram redirecionados. O Aeroporto Internacional de Hamad, um dos dez mais movimentados do mundo em tráfego internacional, ficou temporariamente paralisado.
Escalada segue após bombardeios a Fordow, Natanz e Esfahan
O ataque iraniano é a mais recente etapa de uma escalada iniciada em 13 de junho, quando Israel lançou uma série de mísseis contra instalações nucleares iranianas. No sábado (21), os EUA entraram formalmente no conflito, bombardeando Fordow, Natanz e Esfahan — três das principais usinas do programa nuclear iraniano.
Washington afirma ter usado bombardeiros B-2 e bombas do tipo “bunker-buster” para atingir alvos subterrâneos. O presidente Donald Trump classificou a operação como um “marco histórico”, declarando que o programa nuclear iraniano foi “obliterado”.
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Apesar disso, o Irã afirma que retirou parte de seu urânio enriquecido antes dos ataques e que continuará com o programa nuclear.