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Pressionada por tarifas de Trump, Stellantis considera possível venda da Maserati

A Stellantis contratou a consultoria McKinsey no início de abril para aconselhá-la sobre os efeitos das tarifas dos EUA sobre a Maserati e a Alfa Romeo

Reuters

Um Maserati GT2 Stradale no New York International Auto Show Press Preview na cidade de Nova York, EUA, em 16 de abril de 2025. REUTERS/Jeenah Moon
Um Maserati GT2 Stradale no New York International Auto Show Press Preview na cidade de Nova York, EUA, em 16 de abril de 2025. REUTERS/Jeenah Moon

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A Stellantis está considerando, entre outras opções, uma possível venda de sua unidade de luxo Maserati, que se encontra em dificuldades financeiras, disseram duas fontes com conhecimento do assunto, à medida que a montadora busca reformular seu amplo portfólio de 14 marcas.

As discussões sobre o futuro da Maserati começaram antes da nomeação do novo presidente-executivo Antonio Filosa, no mês passado, enquanto a Stellantis era dirigida pelo atual presidente John Elkann. Filosa assumirá a liderança do grupo na segunda-feira.

A viabilidade das 14 marcas da empresa franco-italiana – que incluem Chrysler, Peugeot, Jeep e Alfa Romeo – foi uma prioridade para Elkann quando ele entrevistou candidatos para ocupar o cargo de presidente-executivo.

Como outras montadoras europeias, a quarta maior montadora do mundo está enfrentando pesadas tarifas de importação impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e lutando contra a forte concorrência dos rivais chineses.

A Stellantis contratou a consultoria McKinsey no início de abril para aconselhá-la sobre os efeitos das tarifas dos EUA sobre a Maserati e a Alfa Romeo, enquanto as duas marcas preparam planos futuros. A Stellantis afirmou então que estava totalmente comprometida com as duas marcas.

No entanto, a possível venda da Maserati, sua única marca de luxo, está entre as opções que a McKinsey está explorando para a Stellantis, disseram as duas fontes à Reuters, acrescentando que a avaliação do consultor ainda está nos estágios iniciais. Elas falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a discutir o assunto publicamente.

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Um porta-voz da Stellantis disse: “Respeitosamente, a Maserati não está à venda”.
Já a McKinsey não quis comentar.

O antecessor de Filosa, Carlos Tavares, que se demitiu em dezembro após um desempenho ruim no mercado norte-americano, recusou-se a considerar a possibilidade de se desfazer de qualquer uma das marcas da montadora.

Mas alguns investidores e analistas dizem que um portfólio simplificado aumentaria as margens de lucro da Stellantis. As ações da Stellantis perderam dois terços de seu valor desde março do ano passado.