Publicidade
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (28) que Harvard deveria impor um limite para o número de estudantes internacionais admitidos, sugerindo um teto de cerca de 15%, com o objetivo de abrir mais vagas para estudantes americanos.
A declaração reforça a escalada do conflito entre Trump e a universidade, que enfrenta pressão do governo para alterar suas práticas de admissão e políticas acadêmicas.
Leia mais: Estudantes protestam contra plano de Trump de cancelar contratos com Harvard
Continua depois da publicidade
Trump criticou o fato de que cerca de um quarto dos alunos de Harvard são estrangeiros, número que, segundo ele, teria aumentado para 31% neste ano — dado contestado pela universidade.
“Por que um número tão grande? Acho que deveria haver um limite em torno de 15%”, disse o presidente, acrescentando que os estudantes internacionais deveriam ser “pessoas que amam nosso país”.
Leia mais: Mais US$ 100 milhões: Trump prepara corte total de financiamento de Harvard, diz NYT
A universidade contestou a decisão do Departamento de Segurança Interna de revogar sua autorização para matricular estudantes estrangeiros e obteve uma liminar judicial.
Além da disputa sobre o número de estudantes internacionais, a administração Trump intensificou a fiscalização sobre vistos estudantis, especialmente para cidadãos chineses, e tem usado protestos em campus como justificativa para ações contra estudantes estrangeiros.
Leia mais: Governo Trump paralisa vistos de estudante e quer filtro em redes sociais, diz site
Continua depois da publicidade
O governo também criticou políticas de diversidade e inclusão, alegando que elas discriminam homens brancos e pessoas com visões tradicionais de gênero.
Apesar da pressão, Harvard resistiu às mudanças propostas pelo governo em seu currículo, contratações e processos seletivos.
Leia mais: China reage indignada a plano dos EUA contra vistos de estudantes: “Discriminatório”
Continua depois da publicidade
Especialistas alertam que restrições a estudantes internacionais podem causar impactos financeiros significativos às universidades, já que esses alunos costumam pagar parcelas maiores das mensalidades.
A universidade afirma que seu processo seletivo não considera a necessidade financeira dos candidatos.
Em entrevista, Trump questionou a origem e o perfil dos estudantes estrangeiros admitidos, sugerindo que alguns poderiam ser “radicais”.
Continua depois da publicidade
A secretária de Educação, Linda McMahon, também declarou que o governo quer entender se potenciais estudantes internacionais são “ativistas” e se podem causar distúrbios nos campi.
Apesar disso, McMahon afirmou que não defende cotas, mas sim a admissão baseada no mérito, conforme decisão recente da Suprema Corte dos EUA.