Companhias brasileiras tiveram resultados “supersólidos” no 1° tri, avalia XP

Felipe Veiga, estrategista de ações da casa, diz que o desempenho foi superior ao resultado do trimestre anterior e também na comparação anual

Augusto Diniz

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A temporada de resultados do 1° trimestre de 2025 chegou ao fim e, para Felipe Veiga, estrategista de ações da XP, o desempenho do período como “supersólido”. Ele participou do programa Morning call da XP nesta quinta (29).

De acordo com relatório da XP, baseado no balanço das companhias que tem cobertura da casa, 32% das empresas superaram as estimativas de receita, 26% ficaram abaixo e 42% obtiveram resultado em linha com as expectativas. Em relação ao Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), 33% superaram, 12% ficaram abaixo e 55% vieram em linha.

De acordo com o analista, na comparação trimestral, houve mais surpresas positivas e menos negativas.

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Setores em destaque

Entre os destaques setoriais positivos da última temporada de balanços, Felipe Veiga explicou que as análises apontam que construtoras de baixa renda e setores financeiros foram os que mais se saíram melhor. “Enquanto a gente viu empresas de bens de capital como destaque negativo”, disse.

“Já na comparação ano contra ano, as empresas também tiveram resultados melhores, apresentando crescimento robusto tanto de receita como de Ebitda”, afirmou. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, as companhias sob cobertura da XP apresentaram um crescimento de receita e Ebitda consolidados de 16,4% e 7,5%, respectivamente. Setores cíclicos domésticos e commodities chegaram a reportar um crescimento de receita de dois dígitos, comentou o analista.

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Raphael Figueredo, que comandou o programa Morning Call, disse que a XP, após a temporada de balanço, fez revisões para cima de projeções de lucro por ação nos segmentos de tecnologia, comunicação e indústria, “que estavam um pouco mais fracos no trimestre passado e mostraram alguma evolução”.

Já energia, consumo discricionário e materiais básicos acabaram tendo revisões para baixo (de lucro por ação) por razões de ciclicidade e commodities, “que foram sendo pressionadas por conta de possível recessão global”.