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A recente valorização da renda variável ainda não é suficiente para tirar o brilho da renda fixa no Brasil, sinaliza Bruno Cordeiro, portfólio manager da Kapitalo Investimentos, casa com R$ 22,5 bilhões sob gestão. “A renda fixa domina os outros ativos”, avalia o executivo.
A visão foi compartilhada durante o Macro Insights, evento da XP Investimentos que reuniu gestores, especialistas e alocadores de recursos para a discussão dos cenários global, doméstico e político. Ele participou de painel ao lado de Fabiano Rios, CIO da Absolute Investimentos.
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Ainda diante dos reflexos da guerra comercial e das incertezas relacionadas ao ambiente fiscal doméstico, os gestores revelaram as apostas e movimentações nos portfólios – tanto dentro como fora do Brasil.
Cordeiro sinaliza confiança em ativos nos Estados Unidos, elege a NTN-B (Tesouro IPCA+) como papel favorito na renda fixa brasileira e manifesta pouco otimismo com ativos de maior risco no País.
“Crédito está bisonhamente caro. Bolsa [brasileira] não acho nada demais e real acho levemente caro”, confirma. Mas temos a vértice da NTN-B ali na frente inclusive para cenários não positivo de reeleição [do presidente Luiz Inácio Lula da Silva]”, completa.
Na sessão desta quarta-feira (28), O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 oferecia 7,37% de prêmio mais a inflação. “É o melhor cavalo”, destaca Cordeiro.
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Em relação ao exterior, o gestor da Kapitalo comenta que aproveitou a recente queda das bolsas lá fora e comprou muita coisa, fortalecendo a participação de Estados Unidos no portfólio. Já o peso de China na carteira da casa é pequeno e “foi reduzido quando a temperatura da guerra comercial subiu”, revela o executivo.