Eduardo Bolsonaro e Haddad lideram corrida ao Senado por SP, aponta Paraná Pesquisas

Em 2026, dois terços da Casa serão renovados, e São Paulo elegerá dois senadores

Marina Verenicz

(Montagem com fotos de Diogo Zacarias/MF e Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)
(Montagem com fotos de Diogo Zacarias/MF e Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)

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A última rodada do levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta terça-feira (6), mostra que, se a eleição para o Senado por São Paulo fosse hoje, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), estariam na liderança da disputa.

Em um cenário estimulado — quando os nomes dos possíveis candidatos são apresentados aos entrevistados — Eduardo aparece numericamente à frente, com 36,5% das intenções de voto, seguido de perto por Haddad, que registra 32,3%. O resultado revela um provável embate direto entre os dois principais polos da política brasileira, com São Paulo como o epicentro da disputa nacional em 2026.

Na sequência, aparecem nomes ligados à direita, como o secretário estadual de Segurança, Capitão Derrite, com 23,3%, e o deputado federal Ricardo Salles (Novo), ex-ministro do Meio Ambiente, com 13,6%.

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Entre os nomes da esquerda, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), aparece com 10,7%. Também se destacam a senadora Mara Gabrilli (PSD), com 10,4%, a deputada Renata Abreu (Podemos), com 6,7%, o deputado Cezinha de Madureira (PSD), com 3,7%, e o senador Giordano (MDB), com 1,1%.

Brancos, nulos e indecisos somam 17,6%, sendo 12,2% os que declaram voto branco ou nulo e 5,4% os que não souberam responder.

A pesquisa ouviu 1.700 eleitores paulistas entre os dias 1º e 4 de maio, com uma margem de erro de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.

Disputa sem Haddad

Em um cenário alternativo, sem o nome de Fernando Haddad na disputa, Eduardo Bolsonaro mantém a liderança, tecnicamente empatado com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o que reforça a centralidade de São Paulo no tabuleiro político de 2026.

Dois assentos em disputa

Cada unidade federativa possui três cadeiras no Senado Federal. Em 2026, dois terços da Casa serão renovados, e São Paulo elegerá dois senadores, o que abre espaço para arranjos políticos e alianças cruzadas.

A tendência é que a eleição ao Senado no estado se torne uma das mais acirradas e polarizadas do país, refletindo diretamente a disputa nacional entre a direita e a esquerda.