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Após meses de reuniões previsíveis, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (8) tirar o pé do acelerador no ciclo de cortes da Selic, e optando por aplicar redução de 0,25 ponto percentual. Com isso, a Selic cai de 10,75% para 10,50% ao ano.
A medida, que vem após dados quentes de inflação nos Estados Unidos e preocupações em torno do lado fiscal brasileiro, mais uma vez atenua o preço do crédito para quem precisa de empréstimos, ao mesmo tempo em que reduz a rentabilidade dos investimentos.
Com o novo corte, quanto passa a render o dinheiro do investidor de renda fixa? Confira a resposta segundo cálculos elaborados pelo time de análise de renda fixa da XP:
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Poupança em queda livre
Com a Selic a 10,50%, a poupança fica novamente no fim da fila na comparação com investimentos de renda fixa. Com essa taxa, uma aplicação de R$ 10 mil na caderneta se transformaria em R$ 10.638 um ano depois, praticamente o mesmo que antes do novo corte da taxa de juros. Já em dois anos, chegaria a R$ 11.318, ante R$ 11.980 com a Selic antiga. Hoje, uma poupança de cinco anos faria os R$ 10 mil virarem R$ 13.559.
Atualmente, a poupança paga 0,5% ao mês – ou 6,17% ao ano – mais a variação da TR (Taxa Referencial). A forma de cálculo só mudará quando a Selic cair para menos de 8,5% ao ano, quando a poupança passa a render 70% da Selic mais TR.
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Tesouro Selic
No Tesouro Direto, uma aplicação de R$ 10 mil no Tesouro Selic 2029 atingiria R$ 10.856 após um ano de aplicação já descontando taxas e impostos, valor ligeiramente menor que os R$ 10.881 possíveis antes do novo corte na Selic. Em dois anos, o montante alcançaria R$ 11.873 e, em três anos, 12.898. Em cinco, bateria R$ 15.412.
LCI e LCA
Disponíveis com prazos mais longos desde as restrições do governo, as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), que são isentas de Imposto de Renda assim como a poupança, transformam R$ 10 mil em R$ 10.935 em um ano, R$ 11.968 em dois, e R$ 13.023 em três anos de aplicação. Em cinco, alcançaria R$ 15.564.
O cálculo considera rentabilidade para LCI e LCA de 90% do CDI.
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CDB
Com a Selic em 10,50%, os CDBs, que recuperaram o apelo junto ao investidor nos últimos meses, podem transformar R$ 10 mil em R$ 10.944 após um ano de aplicação, valor que alcançaria R$ 12.067 em dois anos e, em três, chegaria a R$ 13.206 já descontando o Imposto de Renda. Em cinco, o montante chegaria a R$ 16.027, fazendo do ativo bancário o mais rentável nessa comparação.
O cálculo considera rentabilidade para CDB de 110% do CDI, líquida de IR.
O que levar em conta antes de investir
Ativos de renda fixa como esses podem ser encontrados nas plataformas de investimento, mas é importante levar em conta fatores como:
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- Liquidez: não é diária para CDBs, LCIs e LCAs
- Rentabilidade: em geral, quanto maiores as maiores taxas, maiores são os riscos de crédito das instituições emissoras
- Cobertura pelo FGC: as aplicações em CDB, LCI, LCA e poupança são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), espécie de “seguro” que devolve ao investidor até R$ 250 mil em caso de problemas com o emissor, como uma intervenção do Banco Central. Os títulos públicos não contam com essa proteção, mas são considerados “livres de risco” porque são emitidos pelo governo federal.