Petróleo sobe 2% com ataque a refinarias russas; junior oils sobem, mas Petrobras cai

O mercado foi surpreendido mais cedo pelas notícias sobre múltiplos ataques de drones ucranianos a refinarias da Rússia; estoques de petróleo nos EUA também surpreenderam

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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O petróleo se valorizou mais de 2% nesta quarta-feira (13), apoiado por perspectiva de aperto à oferta, após ataques a refinarias russas e baixa inesperada nos estoques norte-americanos. O dólar enfraquecido no exterior também colaborou para o impulso da commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em alta de 2,78% (US$ 2,16), a US$ 79,72 o barril, enquanto o Brent para maio subiu 2,57% (US$ 2,11), a US$ 84,03 o barril. Os ativos das empresas juniores de petróleo, dessa forma, fecharam com ganhos na B3, enquanto Petrobras (PETR3;PETR4) registrou uma sessão de queda, com investidores ainda de olho no noticiário político conturbado para a estatal. PetroReconcavo (RECV3, R$ 22,50, +1,35%), PRIO (PRIO3, R$ 48,92, +2,99%) e 3R Petroleum (RRRP3, R$ 29,66, +0,88%) tiveram alta. Já PETR3 caiu 0,99% (R$ 37), enquanto PETR4 teve baixa de 1,20% (R$ 36,38).

O mercado foi surpreendido mais cedo pelas notícias sobre múltiplos ataques de drones ucranianos a refinarias da Rússia. A imprensa reportou que a refinaria de Novoshakhtinsky retomou suas operações ainda nesta quarta, mas a atualização não foi suficiente para deter o avanço dos preços.

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Além disso, o governo norte-americano informou que os estoques de petróleo no país caíram em 1,5 milhão de barris na semana, contrariando a previsão de analistas de estabilidade nos números. Os inventários de gasolina também recuaram bem mais que o esperado.

“Por mostrar o cenário doméstico do balanço de petróleo dos Estados Unidos, esse relatório tende a influenciar os preços. Mas hoje ele teve um impacto maior nas cotações por trazer uma surpresa para o mercado”, comentou a analista Isabela Garcia, da StoneX.

A queda nos estoques reflete “principalmente a recuperação do consumo interno e uma queda mais forte das importações, mas também o recuo da produção, que passou de 13,2 milhões para 13,1 milhões de barris de petróleo por dia”, destacou ela.

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Em meio à alta desta quarta, o TD Securities disse a investidores que está realizando lucros nas suas posições compradas do petróleo Brent.

O motivo é que o banco prevê que o suporte dos riscos à oferta e das restrições de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não será suficiente para apoiar preços por muito mais tempo.

“Tensões no Oriente Médio tendem a ter impacto limitado, enquanto os cortes da Opep só fornecerão apoio pelo tempo que continuarem em vigor”, comentou em relatório. “Optamos por realizar lucros cedo.”

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(com Estadão Conteúdo)