FII HGPO11 analisa proposta de R$ 587 mi pelos cobiçados edifícios Metropolitan e Platinum

E mais: FIIs de escritório têm desconto médio de 28%; saiba identificar oportunidades e evitar armadilhas

Wellington Carvalho

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O CSHG Prime Offices (HGPO11) recebeu nova proposta pelos edifícios Metropolitan e Platinum, imóveis localizados em São Paulo (SP) que compõem o portfólio do fundo. Os ativos têm despertado o interesse do mercado nos últimos anos.

Desta vez, o valor da proposta é de R$ 587,3 milhões, equivalente a R$ 46.113,38 por metro quadrado, aponta fato relevante divulgado pelo fundo.

“A administradora analisará os termos e condições da proposta da aquisição, envidando os melhores esforços para reunir todas informações e documentos necessários para que possa determinar os próximos passos [do possível negócio]”, confirma o documento.

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Localizados na região Faria Lima, área nobre para o segmento de lajes corporativas, os edifícios Metropolitan e Platinum somam uma área bruta locável (ABL) de 12.613 metros quadrados. A vacância dos imóveis hoje está em 3,63%.

Ao longo de 2022, o HGPO11 discutiu a venda dos imóveis em pelo menos três oportunidades. Na primeira, não houve interessados dispostos a pagar o preço mínimo fixado para os espaços. Já em outubro, os cotistas rejeitaram a oferta de R$ 466 milhões pelos imóveis – equivalente a cerca de R$ 37 mil por metro quadrado.

Em novembro daquele ano, uma nova oferta foi feita pelo portfólio do CSHG Prime Offices, cerca de 0,8% acima da recusada anteriormente.

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Dividendos hoje

Fundos que distribuem dividendos nesta quinta-feira (7)

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TickerRendimentoRetorno
ARRI11R$ 0,101,08%
GARE11R$ 0,090,94%
HSAF11R$ 0,901,02%
HSML11R$ 0,800,83%
HTMX11R$ 2,61,68%
LVBI11R$ 0,900,76%
PORD11R$ 0,931,01%
PVBI11R$ 0,650,63%
RZTR11R$ 0,850,87%
VGHF11R$ 0,101,07%
Fonte: StatusInvest

FIIs de escritório têm desconto médio de 28%; saiba identificar oportunidades e evitar armadilhas

O mercado de fundos imobiliários tem sustentado tendência de alta nos últimos 12 meses e já acumula ganhos de mais de 19%. Mas nem todos os segmentos mostraram o mesmo vigor, como é o caso de lajes corporativas.

O tema foi destaque da edição desta terça-feira (5) do Liga de FIIs, apresentado por Maria Fernanda Violatti, head de análise de fundos listados da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney. O programa contou ainda com a participação do analista Danilo Barbosa, também do Clube FII.

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Barbosa lembra que, individualmente, bons fundos de lajes corporativas já recuperaram valor e não negociam mais com descontos expressivos. Por isso, acrescenta o analista, é preciso atenção para identificar oportunidades entre os FIIs de escritório – e evitar armadilhas.

“Fundos de escritório com descontos relevantes hoje têm, provavelmente, uma vacância mais alta”, sugere. “E a taxa de desocupação elevada pode ser justificada pela localização dos imóveis que fazem parte do portfólio”, destaca.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.