CVC (CVCB3): Itaú BBA considera bom ponto de entrada para ação e recomenda compra

Após reestruturação de administração e de capital em 2023, BBA aposta no nome para retomada do setor de turismo

Camille Bocanegra

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A CVC (CVCB3) tem realizado movimento de “volta às origens”, com o retorno da família fundadora ao quadro de acionistas e realização de reorganização de dívidas. As mudanças motivaram o Itaú BBA a retoma a cobertura do papel com a recomendação outperform (desempenho superior, similar à compra), com preço-alvo estabelecido em R$ 5,10 para o fim de 2024.

O banco considera que o desempenho das ações, considerado fraco com queda de 13% no último mês e 27% no acumulado de 12 meses, representa um bom ponto de entrada para exposição ao nome. Ainda assim, a análise faz a ressalva de que a expectativa é de lucro líquido consolidado positivo apenas no segundo semestre de 2024.

Após processo de reestruturação interna da companhia e retomada do setor de turismo para níveis pré-pandemia, o BBA considera que o momento é de “céu aberto”. A expectativa da divisão de análise é que o mercado passe a revisar as estimativas de lucro para a empresa, considerando a entrega de resultados melhores no terceiro trimestre de 2023.

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O otimismo com o nome vem tanto do cenário mais favorável para o setor quanto das mudanças realizadas na alta administração em 2023, com regresso de funcionários e da família fundadora. Além disso, a companhia captou no ano passado R$ 766 milhões para reforço de estrutura de capital.

A CVC realizou sua reestruturação pautada em venda de produtos exclusivos, financiamento para o consumidor, aumento de produtividade e de lojas físicas, melhora do mix de produtos e redução de despesas.

O BBA estima que os papéis da companhia apresentam potencial de valorização de 54% em relação ao preço atual, com base na análise de fluxo de caixa descontado com custo médio ponderado de capital de 13,5% e taxa de crescimento a longo prazo de 3,5%. A ação é negociada com um múltiplo de preço sobre o lucro ajustado de 15 vezes em 2025, de acordo com a análise.

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Dentre os riscos para o nome, o banco destaca, principalmente, possíveis ameaças à acessibilidade de viagens, concorrência e passivos fiscais.