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Como sair do cheque especial?

  
Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Apesar de ter um dos juros mais altos do mercado, o cheque especial é utilizado por muitos brasileiros. Ele pode levar à chamada “bola de neve” financeira, portanto é preciso tomar algumas ações para sair, de forma definitiva.

Primeiro, reconheça o valor de todas as suas dívidas, incluindo a do cheque especial. Elas são indicativos de que você pode estar vivendo acima do seu padrão de vida, ou seja, gastando mais do que ganha.

Em seguida, procure saber o quanto você gasta mensalmente. Pode parecer estranho, mas muitos não conhecem todas as suas despesas. As mais altas e caras são facilmente lembradas, mas as menores, que levam ao desequilíbrio, passam despercebidas muitas vezes.

Conhecer todos os gastos é crucial para tomar as rédeas de sua situação financeira, especialmente se você conta com o valor do limite como parte de sua renda. Durante o diagnóstico financeiro, saberá quais despesas deve diminuir ou eliminar.

Além de cortar gastos extras, é preciso agir com cautela antes de fazer qualquer compra ou assumir um compromisso que envolva as finanças. Questione-se sobre a real necessidade do que está comprando e se tem condições de pagar.

Mas sair do cheque especial não deve ser seu único objetivo. Independente do quão endividado esteja, você deve focar em seus sonhos.

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Falo aqui da tão sonhada viagem, da troca do carro ou da casa, do intercâmbio, enfim. Resgate o hábito de sonhar e trace um planejamento para conquistar, pois só assim conseguirá mudar seu comportamento, priorizando seus objetivos maiores.

O ideal é que após o diagnóstico financeiro, com os cortes de gastos e economias no dia a dia, você consiga um fôlego no orçamento para renegociar a dívida. Assim saberá o quanto dispõe mensalmente para pagar as parcelas do acordo.

Caso considere a possibilidade de buscar outra modalidade de crédito, com juros menores, lembre-se que trocar uma dívida pela outra não resolve a causa do problema, que é a falta de educação financeira.

Você pode considerar o crédito consignado, por exemplo, que tem juros mais baixos, mas é preciso muita cautela antes de tomar essa atitude. Assim estará reduzindo seu padrão de vida de brutalmente, já que as parcelas do consignado são cobradas na folha de pagamento. Se a causa do endividamento não for corrigida, o problema com certeza se tornará ainda maior.

Uma última orientação, que talvez seja a mais importante: tenha consciência de que o cheque especial não faz parte da sua renda. Por mais que possa parecer uma segurança, ele tem juros altíssimos.

Caso perca o controle financeiro, recorra imediatamente ao diagnóstico e combata a o problema pela raiz, em seus hábitos e comportamentos cotidianos.

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Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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