Líderes mundiais alertam que metas de combate à fome, pobreza e mudanças climáticas estão em perigo

Adotada por consenso em 2015, declaração dos países abrange uma lista de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Reuters

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Líderes mundiais reunidos na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (18) alertaram para o perigo que o mundo corre, a menos que aja com urgência para resgatar um conjunto de metas de desenvolvimento para 2030 de erradicação da fome e da pobreza extrema e de combate às mudanças climáticas.

Adotada por consenso em reunião de cúpula antes da Assembleia Geral anual da ONU, a declaração dos países abrange uma lista de “tarefas” de 2015 de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que também incluem água, energia, redução da desigualdade e alcançar a igualdade de gênero.

“A realização dos ODS está em perigo”, diz a declaração. “Estamos alarmados com o fato de o progresso na maioria dos ODS estar avançando muito lentamente ou ter regredido abaixo da linha de base de 2015.”

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na reunião de líderes que apenas 15% das metas estão na direção correta e que muitas caminham em sentido inverso.

No início deste mês, Guterres apelou aos líderes do G20 para garantirem um estímulo de pelo menos 500 bilhões de dólares por ano para cumprir os objetivos. Ele instou os países a agirem agora.

Os líderes reúnem-se à sombra de tensões geopolíticas — alimentadas em grande parte pela guerra na Ucrânia –, enquanto a Rússia e a China competem com os Estados Unidos e a Europa para atrair os países em desenvolvimento, onde a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é fundamental.

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A ONU afirmou neste mês que atualmente há mais 745 milhões de pessoas com fome moderada a grave no mundo do que em 2015, e que o planeta está muito longe de cumprir o ambicioso objetivo das Nações Unidas de acabar com a fome até 2030.

O custo do cumprimento das metas globais aumentou 25%, para 176 trilhões de dólares durante o ano que terminou em setembro de 2022, com a reversão do desempenho em várias das medidas, afirmou um relatório do ano passado.