Copel (CPLE6) protocola oferta de ações para privatização; alerta para risco de cancelamento por conta do TCU

Oferta consiste na distribuição primária e secundária de, inicialmente, 549.171.000 ações ordinárias de emissão da companhia

Felipe Moreira

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A Copel (CPLE6) protocolou perante à Comissão de Valores Mobiliários, nesta quarta-feira (26), pedido de registro de oferta pública de distribuição primária e secundária de, inicialmente, 549.171.000 ações ordinárias de emissão da companhia.

Na tranche primária, quando os recursos vão para o caixa da empresa, serão emitidas inicialmente 229.886.000 ações da elétrica. Já na distribuição secundária, o Estado do Paraná venderá inicialmente 319.285.000 de ações detidas na companhia.

A quantidade de ações inicialmente ofertada, poderá ser acrescida de um lote suplementar equivalente a até 15% do total de ações inicialmente ofertado, ou seja, em até 82.375.650 ações, das quais até 18.518.650 ações a serem emitidas pela companhia e até 63.857.000 ações detidas pelo Estado do Paraná.

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Assim, a companhia estimou que a oferta pode movimentar até R$ 4,96 bilhões, considerando a colocação de um lote suplementar de 15% do total de ações, e com base no preço de R$ 7,85 de sua ação no fechamento do dia 24 de julho.

São coordenadores da oferta o BTG Pactual, Itaú BBA, Bradesco BBI, UBS BB e Morgan Stanley.

A precificação da ação na operação foi marcada para o dia 8 de agosto.

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Alerta sobre TCU

Segundo a Copel, o processo de “bookbuilding” não será concluído sem que haja aval do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o bônus de outorga a ser pago pela empresa para renovação de concessões de hidrelétricas.

Caso o TCU, ao concluir a análise…, se manifeste no sentido de não aprovar os termos definidos na Portaria Interministerial, inclusive no sentido de determinar alteração relevante nos valores do Bônus de Outorga, a Oferta não será concluída”, diz o prospecto preliminar.

O processo sobre o bônus de outorga começou a ser apreciado pelo plenário do TCU no início de julho, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo.

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O ministro disse que poderia trazer o caso novamente ao plenário antes do prazo regimental de 30 dias, que encerra no início de agosto. Por ora, o processo não entrou na pauta de julgamento do TCU desta semana.

(com Reuters)