Reajuste do salário mínimo vai acontecer? Lula tem reunião com Marinho nesta segunda

Há expectativa de que Marinho, ministro do Trabalho, abra uma negociação com as centrais sindicais para avaliar "adequadamente" o tema

Equipe InfoMoney

Ilustração (Pollyana Ventura/Getty Images)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir nesta segunda-feira (16), com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no Palácio do Planalto. O compromisso, marcado para às 15 horas, ocorre no momento em que o governo discute o que fará com o valor do salário mínimo – se ele será ou não reajustado de R$ 1.302 para R$ 1.320.

A agenda de Lula, divulgada neste domingo (15), também prevê a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na reunião. Haddad, contudo, não deve estar em Brasília. A previsão é de que ele embarque para o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na noite de domingo.

Na última quinta-feira (12), questionado sobre o assunto, Haddad afirmou que o governo ainda analisa qual decisão tomará sobre o reajuste do salário mínimo. Ele explicou que a rubrica destinada a elevação do valor, de R$ 6,8 bilhões, já foi consumida pela aceleração da fila do INSS. O ministro comentou também que Marinho abriria uma mesa de negociação com as centrais sindicais para avaliar “adequadamente” o tema.

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E a responsabilidade fiscal?

Na última sexta-feira (13), Haddad acrescentou que o reajuste seria uma “decisão política” e tentou minimizar o último posicionamento do governo, que circulou na última semana. A sinalização inicial era de que governo federal poderia adiar o reajuste para 1º de maio (Dia do Trabalhador). Porém, os atos golpistas em Brasília, no domingo (8), fortaleceram a tese defendida pelo atual ministro da Fazenda de não aplicar o reajuste para R$ 1.320 neste ano em nome da responsabilidade fiscal. A possibilidade de um não reajuste do mínimo agrada o mercado.

Outro sinal de que o reajuste pode não acontecer foi portaria n°26/23 publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última quarta-feira (11), que definiu o reajuste de 5,93% para os benefícios do INSS. No art. 2, o texto diz que “a partir de 1º de janeiro de 2023, o salário do benefício e o salário de contribuição [do INSS] não poderão ser inferiores a R$ 1.302,00 e nem superiores a R$ 7.507,49″. Além da correção do INPC, a base de cálculo do valor do INSS é o salário mínimo.

Diante de tudo isso, o reajuste segue em discussão pelo governo. A agenda de Lula também prevê a ida do presidente à posse de Tarciana Medeiros como presidente do Banco do Brasil, às 18h, além de outras reuniões com ministros. Às 9h, ele encontra no Planalto o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. Já às 9h30 a reunião será com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, novamente Padilha e Pimenta, além de Haddad e o chefe do gabinete pessoal do presidente da República, Marco Aurélio Marcola.

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*Com informações da Agência Estado.