Com medo da reforma da Previdência? Saiba como investir para ter dinheiro na aposentadoria

Proposta prevê aumento da idade mínima para aposentadoria para mulheres e retira aposentadoria por tempo de contribuição

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O texto da reforma da Previdência foi apresentado ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (20). Entre as mudanças, o documento prevê o aumento da idade mínima de aposentadoria para mulheres (62 anos) e a manutenção em 65 anos da idade mínima para os homens.

Além disso, o tempo de contribuição mínimo passa a ser de 20 anos durante a regra de transição. Já quem quiser receber 100% do valor da aposentadoria vai precisar contribuir por 40 anos. 

O fato é que muitas pessoas já começam a se questionar sobre o impacto das alterações. Para especialistas em finanças, independentemente das mudanças na Previdência Social, as pessoas precisam se programar e investir para poderem ter mais tranquilidade financeira quando pararem de trabalhar.

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Segundo Fernanda Alves, assessora de investimentos da Praisce Capital, existem bons fundos de previdência privada que podem ser utilizados para esta finalidade. “Se você tem pouco dinheiro para investir, comece pelos fundos de previdência. Se tem muito dinheiro, também comece por esses fundos para depois diversificar em outras aplicações”, aconselha.

Ela lembra que com a atualização das normas de alocação de fundos, muitas gestoras independentes criaram suas próprias versões de previdência. É o caso de casas renomadas como Adam, SPX, Alaska, AZ Quest, Verde e XP.

“São fundos excelentes que possuem vantagem tributária, além de não terem come-cotas (antecipação de IR que acontece duas vezes por ano). Eles conseguem entregar ótimos retornos”, diz.

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Além dos fundos de previdência, o investidor pode diversificar suas aplicações de longo prazo com outras  classes de ativos de acordo com seu perfil de risco (conservador, moderado ou arrojado). 

Perfil conservador

Pensando na aposentadoria, o investidor conservador pode investir em CDBs de bancos médios com vencimentos mais longos (como 2024, por exemplo) ou em títulos públicos, como o Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2050, por exemplo.

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“É possível encontrar CDBs com vencimentos mais longos que entreguem rentabilidades muito boas e com a mesma segurança da poupança – se respeitar os limites de cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), de R$ 250 mil por CPF e instituição financeira”, diz.

Perfil moderado

O investidor que quer correr um pouco mais de risco pode ter os mesmo ativos citados para quem tem perfil conservador, mas acrescentar na carteira os fundos multimercados. Esses fundos buscam um retorno acima do CDI e podem ser boas opções de longo prazo.

“O investidor pode fazer uma diversificação, investindo em categorias macro, long & short etc.”, afirma a assessora.

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Perfil arrojado

Já o investidor que já tem mais estômago para aguentar a volatilidade dos mercados pode investir nas aplicações listadas acima e ainda deixar entre 10 e 20% do portfólio em bons fundos de ações. “Ao investir em ações via fundos, o investidor conta com um gestor, que possui uma equipe de analistas com vasta experiência na escolha de ações e que não olha só o balanço, mas faz uma análise mais profunda e minuciosa”, diz.

O poder dos juros compostos

“O melhor momento de aplicar é sempre hoje”. É com essa frase que Fernanda explica o poder dos ‘juros sobre juros’, ou seja, o impacto que o tempo pode ter nos seus investimentos.

Isso porque a ideia de investir é fazer com que a força dos juros faça seu dinheiro trabalhar e render por você. Dessa forma, quanto antes você começar a investir, menor será a quantia necessária para aplicar ao longo do tempo e ter um bom montante lá na frente.

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Exemplo: Você tem 20 anos e quer se aposentar com 50. Se você fizer um investimento inicial de R$ 50 mil e aportes mensais de R$ 100 a uma taxa aproximada de 115% do CDI, ao final de 30 anos o seu montante será de R$ 1,7 milhão.

Por outro lado, se você começar a investir com 40 anos, os aportes mensais terão que ser maiores para tentar “compensar” o tempo perdido. Mantendo a aplicação inicial de R$ 50 mil e aumentando os aportes mensais para R$ 3 mil, o ganho total ao final de 10 anos será de R$ 630 mil.

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