Ripple anuncia acordo com Travelex no Brasil para pagamentos internacionais com cripto

Sistema ODL da Ripple utiliza a criptomoeda XRP para realizar transações mais rápidas e com custos baixos

Rodrigo Tolotti

Brad Garlinghouse, CEO da Ripple (divulgação)

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O banco de câmbio Travelex Bank e a empresa de soluções blockchain Ripple anunciaram nesta quinta-feira (17) uma parceria para utilização do sistema On-Demand Liquidity (ODL, ou “liquidez sob demanda”), da RippleNet, no Brasil.

Com isso, o Travelex Bank se torna o primeiro banco da América Latina a usar esse sistema, que busca dar rapidez nas transferências de valores, com custos mais baixos. Para isso, o ODL utiliza a criptomoeda XRP, da própria Ripple, como ponte entre as duas moedas envolvidas na operação.

Ao utilizar a moeda digital, a solução ODL permite que os clientes enviem dinheiro para qualquer lugar do mundo quase que instantaneamente, sem a necessidade de manter capital pré-financiado no mercado de destino, o que até então aumentava bastante o custo operacional.

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No lançamento, porém, a Travelex usará o ODL apenas para pagamentos entre Brasil e México. Em entrevista ao InfoMoney, João Manuel Campanelli, COO do Travelex Group, afirmou que já está em andamento parcerias com uma empresa de Nova York e outra da Ásia para que o sistema possa ser utilizado com essas regiões em breve.

Já Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, destaca como o Brasil tem aceitado e ajudado no desenvolvimento de projetos envolvendo cripto. “O Brasil é um mercado-chave para a Ripple, dada sua importância como âncora para os negócios na América Latina, sua abertura a cripto e iniciativas nacionais que promovem a inovação em fintech”.

Com o uso da ODL, a Travelex agora passa a ter também acesso à liquidez 24 horas por dia, 7 dias por semana. “O mercado de pagamentos está mudando muito rapidamente, no Brasil e no exterior, e ter um sistema como esse da Ripple nos garante um processo de liquidação mais rápido”, avalia Campanelli.

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A Ripple, que abriu seu escritório no Brasil em 2019, tem parceria com diversas empresas na região, como Banco Rendimento,
Remessa Online, Frente Corretora, Banco Topazio e B&T Câmbio, que utilizam outras soluções da RippleNet.

Segundo Garlinghouse, a Ripple quis ter uma maior clareza regulatória antes de lançar o ODL no Brasil. “Nós trabalhamos bastante para garantir que tivéssemos apoio dos reguladores antes de lançar o produto. Então nós conversamos com o Banco Central e tivemos luz verde para nossa estrutura ser lançada no Brasil com a Travelex”, explica.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.