Fundos de previdência captam R$ 2,3 bi e são destaque do setor em julho, segundo Anbima

Na contramão, fundos de direitos creditórios (FIDCs) amargaram o topo da lista de maiores resgates líquidos, somando R$ 23,9 bilhões no mês

Bruna Furlani

(Rmcarvalho/Getty Images)

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Em um mês em que fundos de ações e multimercados foram mais uma vez penalizados com mais saques do que aplicações, produtos de previdência foram o destaque em captação, com depósitos líquidos (descontados os resgates) no valor de R$ 2,29 bilhões. No ano, o valor captado chega a R$ 4,3 bilhões.

Os dados fazem parte de levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em julho, apenas fundos de previdência e de participações (FIPs) terminaram o período no azul, com mais depósitos do que resgates.

No caso dos FIPs, as captações chegaram a R$ 1,2 bilhão em julho. No ano, os depósitos seguem no campo positivo em R$ 10,3 bilhões.

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Mais resgates do que aplicações

Na contramão, fundos de direitos creditórios (FIDCs) amargaram o topo da lista de fundos com maior resgate líquido, no valor de R$ 23,9 bilhões, em julho.

Segundo a Anbima, o resultado foi impactado pelo valor retirado de um único fundo da classe, o que indica que o movimento não representa uma tendência de mercado.

Entre janeiro e julho, FIDCs acumulam resultados positivos, com entradas líquidas de R$ 8,6 bilhões.

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Saídas feitas por um único fundo também impactaram negativamente as captações de fundos de renda fixa, que terminaram julho no negativo em R$ 17,6 bilhões. No ano, a classe acumula depósitos líquidos de R$ 83,6 bilhões.

Mais uma vez, a situação seguiu complicada para fundos de ações e multimercados, que responderam por saídas líquidas de R$ 8,3 bilhões e R$ 13,3 bilhões, nessa ordem. Ao longo do ano, a cifra fica ainda pior: com resgates líquidos de R$ 52,4 bilhões e de R$ 73,3 bilhões, respectivamente.

Fundos cambiais e fundos de índice (ETFs) também registraram perdas líquidas de R$ 562,5 milhões e de R$ 1,6 bilhão, respectivamente. Entre janeiro e julho, porém, apenas os ETFs seguem no vermelho, com resgates de R$ 3,3 bilhões, contra depósitos líquidos de R$ 947,6 bilhões dos fundos cambiais.

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Olho no retorno

Para além das captações, no quesito rentabilidade, o destaque em julho ficou por conta dos fundos de ações setoriais, que avançaram 10,53% no mês. No ano, porém, a classe é a que acumula a maior perda, no valor de 23,02%.

Já fundos de ações do tipo FMP-FGTS apresentaram as maiores altas entre janeiro e julho deste ano, de 18,11%. Tais fundos permitiram a alocação em ações de empresas como Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3), no passado, a partir de valores que o trabalhador detinha no FGTS.

Mais recentemente, fundos do tipo também foram criados para a privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), com o objetivo de permitir a compra indireta de papéis da companhia.

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Por outro lado, entre os fundos com pior desempenho em julho ficaram os produtos de previdência renda fixa data alvo, com recuo de 0,88%. Já no acumulado do ano, a situação melhorou e os fundos apresentaram ganhos de 3,15%.

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