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SÃO PAULO – Um dos resultados da crise financeira que se iniciou em 2008 é a hipersensibilidade para riscos que muitos investidores que foram pegos de surpresa durante o “crash” de mercado sentem hoje em dia. “Enquanto manejar e entender riscos é um dos trabalhos mais importantes que um investidor tem, eu acho que eles foram longe demais na questão de micro gerenciamento de cada risco que aparece no mercado”, explica Ben Carlson, no site Business Insider.
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Uma nova pesquisa, realizada com investidores institucionais sobre os maiores riscos percebidos por eles, vai de encontro com o argumento de Carlson. A pesquisa abordou 735 investidores localizados na América do Norte, Europa e região da Ásia- Pacifico durante o primeiro trimestre de 2015.
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80% dos entrevistados identificam os riscos do mercado acionário como uma ameaça. Já 76% dos investidores institucionais consideram a taxa de juro a ameaça mais significativa para as suas carteiras ao longo dos próximos 12 meses.
De acordo com as descobertas da pesquisa, outros riscos considerados para os portfolios no prazo de um ano incluem câmbio (68%), risco de crédito (67%), commodities (64%), risco de contrapartida (61%), liquidez (60%) e inflação (53%).
Assim, percebe-se que os dois maiores riscos indicados pelos investidores são preços baixos em ações ou títulos. Resumindo, perdas. “Não é exatamente inovador a pesquisa mostrar que os investidores estão nervosos sobre a possibilidade de perda de dinheiro, mas eu acho que essa pesquisa revela que muitos investidores, mesmo depois da enorme recuperação que temos visto nos seis anos que se seguiram após a crise, ainda estão receosos”, comenta Carlson.
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O especialista acredita, que antes de ter medo, os investidores deveriam prestar atenção a alguns pontos:
- Eles estão olhando os riscos de forma correta?
- Os investidores mudam seus portfólios por conta da percepção de riscos?
- Eles têm um plano gerencial de riscos antecipado ou só planejam em fazer mudanças quando o mercado cai?
- Os investidores têm consciência e entendem os reais riscos que estão expostos?
- Seus portfólios refletem sua habilidade, necessidade e desejo de correr riscos nos mercados?
- Eles serão proativos ou reativos em termos de gerenciamento de riscos?
- Eles estabeleceram expectativas de performance realistas nas classes de ativos e investimentos em que incluíram seus portfólios?
- Será que eles têm diretrizes que podem seguir no caso de seus maiores medos se tornem realidade ou serão tomadas decisões arbitrarias durante momentos de convulsão no mercado?
- Eles estão confortáveis com a posição atual de seu portfólio, independente dos caminhos que o mercado siga dali para frente?
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“Eu sempre gostei de dizer que, não são suas ações que fazem a maior diferença no mercado de investimentos, mas sim, a forma como você reage. Uma vez me perguntaram: qual o maior de todos os riscos para um investidor hoje? E eu respondi: ‘ele mesmo, como sempre’”.
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Carlson admite que esta pode não ser a resposta mais aceitável que alguém gostaria de receber, mas, segundo ele, está na hora dos investidores entenderem que os riscos nunca vão embora completamente, não importa as mudanças que se faça ou deixe de fazer. “O risco só vem em diferentes formas, dependendo da posição que você toma. Entenda que ele virá, conheça seu portfólio e tome a posição que achar melhor”, conclui.