Petrobras (PETR3;PETR4) tem baixa de 5,1% na produção total do 2º trimestre em um ano

A produção foi de 2,65 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no período

Felipe Moreira

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A Petrobras (PETR3;PETR4) registrou uma produção total, em média de óleo, LGN e gás natural no segundo trimestre de 2022 (2T22), de 2,65 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um recuo de 5,1% em relação ao mesmo período de 2021 (2T21) e sobre o 1º trimestre deste ano (1T22)

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a queda se deu, principalmente, em razão do início da vigência do Contrato de Partilha de Produção dos Volumes do Excedente da Cessão Onerosa de Atapu e Sépia, em 2 de maio, com redução de participação da Petrobras nestes campos, além do maior número de paradas para manutenções e intervenções nas plataformas do pré-sal e do pós-sal.

A produção nos campos do pré-sal operada pela Petrobras alcançou 3,55 milhões bpd (barris por dia) no 2T22, volume 2,9% acima do 1T22, devido ao maior número de perdas com paradas para manutenções e intervenções nas plataformas do pré-sal e do pós-sal, atenuado pelo ramp-up das unidades P-68, FPSO Carioca e início da operação do FPSO Guanabara, no campo de Mero.

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A produção total no pré-sal foi de 1,94 MMboed (milhões de barris de óleo equivalente por dia) no trimestre, representando 73% da produção total da Petrobras.

Já a produção do pós-sal no 2T22 foi de 434 mil bpd, 14,2% inferior ao 2T21, devido, principalmente, ao maior volume de perda de produção decorrente de paradas para manutenção e intervenções.

Derivados de petróleo da Petrobras

No segundo trimestre, a comercialização de derivados do petróleo foi 1% maior do que no 1T22 devido, principalmente, ao aumento das vendas de diesel e GLP, em razão da sazonalidade de consumo desses produtos.

Conforme a empresa, produção de derivados teve alta de 2,6% no 2T22 em relação ao 1T22 2, em linha com o FUT total do parque de refino de 89% no 2T22 e 1,7% acima do 2T21 mesmo com o desinvestimento da RLAM, que representava cerca de 13% da capacidade de processamento total do nosso parque de refino.

Diesel e gasolina

De acordo com o relatório, as vendas de diesel foram de 750 Mbpd no 2T22, uma elevação de 4,7% em relação ao 1T22 principalmente devido o à sazonalidade de consumo, em função da redução da atividade econômica típica do início do ano e do início da colheita agrícola da segunda safra de milho a partir de junho.

A produção de diesel foi de 750 Mbpd entre abril e junho de 2022, um crescimento de 4% frente ao 1T22.

Já as vendas de gasolina foram de 375 Mbpd no 2T22, um recuo de 6,6% em relação ao 1T22, em razão do início da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul e consequente aumento da oferta de etanol e perda de participação de mercado da gasolina no abastecimento dos veículos flex-fuel.

A produção de gasolina teve aumento de 2,5% na comparação com o 1T22.

Exportações e importações da Petrobras

Por fim, a Petrobras informou que a exportação líquida no 2T22 cresceu 5,1% em relação ao 1T22. Isso ocorreu em função da maior exportação de derivados, principalmente nafta, gasolina e óleo combustível, e da menor importação de petróleo.

A exportação de petróleo, em contrapartida, foi menor no 2T22, em função da menor produção de óleo, da maior carga das refinarias, maiores vendas de óleo no mercado interno e da menor realização de exportações em andamento no 2T22 em comparação com o 1T22.

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