Ibovespa acompanha Wall Street e cai 1,15% após Payroll mais forte do que o esperado; dólar tem leve baixa

Economia americana mais aquecida do que o esperado e alta do petróleo pressionam rendimento dos Treasuries e derruba bolsas

Vitor Azevedo

(Getty Images)

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O Ibovespa fechou em queda de 1,15% nesta sexta-feira (3), aos 111.102 pontos. O principal índice da bolsa brasileira acompanhou o dia negativo dos mercados internacionais, que também fecharam, majoritariamente, em queda. Com isso, na semana, o índice teve queda de 0,75%, interrompendo uma sequência de três altas semanais.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones fechou a sessão em baixa de 1,05%, o S&P 500, de 1,64%, e o Nasdaq, de 2,47%.

Pesou, por lá, a publicação do relatório Payroll de empregos não-agrícolas, que trouxe uma abertura de vagas maior do que a esperada em maio (390 mil vagas criadas, ante consenso de 325 mil).

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A perspectiva é que uma economia mais aquecida pode levar o Federal Reserve a elevar as taxas de juros de maneira mais rápida, o que prejudica os ativos de risco. O treasury com vencimento em dez anos viu seu rendimento avançar 4,2 pontos base, chegando a 2,957%.

Por aqui, houve divulgação, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da produção industrial de abril, com variação positiva de 0,14%, em linha com o esperado. O aumento, contudo, foi definido pelo Goldman Sachs como “insuficiente para compensar o grande declínio de 1,9% em relação ao registrado em janeiro”.

A curva de juros brasileira opera, no aftermarket, sem direção exata. Às 17h05, na ponta curta, o DI para janeiro de 2023 vê seu rendimento subir um ponto-base, para 13,43%. No meio da curva, o DI para 2025 tem sua taxa caindo três pontos, para 12,44%. Na ponta longa, os DIs para 2027 e 2029 tem os yields recuando, ambos, sete pontos, para 12,31% e 12,40%.

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Ajudou a tirar pressão da curva o fato de o dólar comercial ter fechado em queda de 0,20%, aos R$ 4,778 na compra e a R$ 4,779 na venda. Na semana, a divisa americana teve alta de 0,85%.

O contrato futuro, por sua vez, recua nesta sexta, caindo 0,48%, a R$ 4,817.

Do outro lado, porém, a alta do petróleo puxa a perspectiva de que a inflação pode ser mais dura do que o esperado – o preço do barril Brent para agosto avançou 3,21%, para US$ 121,38, repercutindo a notícia de que a OPEP+ irá aumentar pouco a sua produção e de que a Europa aumentará as restrições à compra de petróleo russo.

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As ações do Petrobras (PETR3;PETR4), com isso, foram destaques por peso do índice. As ON e PN (PETR3;PETR4) avançaram, respectivamente, 2,55% e 1,75%. Entre os destaques percentuais, a Natura (NTCO3) foi a maior alta, com suas as ON avançando 2,86%, após a companhia anunciar mudanças na sua diretoria.

Do outro lado, entre as maiores quedas, destaque para as ON da Méliuz (CASH3), da Movidas (MOVI3) e da Magazine Luiza (MGLU3), com baixas de, respectivamente, 6,74%, 5,75% e 5,59%.

Positivo ([ativo=POSI]) foi a que mais ganhou na semana no Ibovespa, com 11,34%; Americanas (AMER3), a que mais perdeu, com 14,38%

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Entre as maiores altas da semana também estão Marfrig (MRFG3), com alta de 10,50%; CSN Mineração (CMIN3), com mais 8,88%; Lojas Renner (LREN3), com mais 8,05%; e Rumo (RAIL3), que ganhou 7,67%.

Entre as maiores quedas estão também a Azul (AZUL4), com baixa de 12,26%; Hapvida (HAPV3), com menos 11,47%; Banco Inter (BIDI11), baixa de 10,84%; e Gol (GOLL4), baixa de 10,78%.

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