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SÃO PAULO – A participação de investidores pessoa física entre os doadores no aluguel de ações (aqueles que emprestam suas ações a terceiros, em troca de uma remuneração) aumentou no último mês do 2012, de acordo com dados da BM&FBovespa.
Segundo a bolsa, em dezembro do ano passado, 32,77% do volume total emprestado pertencia a investidores pessoa física. No mês anterior, este número era de 27,44%.
Entre os tomadores (investidores que tomam as ações emprestadas), a participação dos investidores pessoa física diminuiu, de 2,99% em novembro para 2,85% no mês passado.
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Entre os doadores, os investidores estrangeiros registraram a maior participação (36,06%). E entre os principais tomadores os fundos mútuos tiveram a maior participação (70,50%), conforme a tabela a seguir:
Participação dos investidores no aluguel de ações/dezembro | ||||
---|---|---|---|---|
Tipo de investidor | Doadores | Tomadores | ||
Em R$ | Participação (%) | Em R$ | Participação (%) | |
Pessoa Física | 21,584 bilhões | 32,77 | 1,877 bilhão | 2,85 |
Estrangeiro | 23,749 bilhões | 36,06 | 13,549 bilhões | 20,57 |
Fundos Mútuos | 17,775 bilhões | 26,99 | 46,430 bilhões | 70,50 |
Sociedades anônimas | 372,39 milhões | 0,57 | 134,39 milhões | 0,20 |
Previdência | 1,233 bilhão | 1,87 | 0,08 milhão |
0,00 |
Bancos Comerciais | 140,94 milhões | 0,21 | 2,156 bilhões | 3,27 |
Outros | 1,005 bilhão | 1,53 | 1,713 bilhão | 2,60 |
Fonte: BM&F Bovespa |
Volume
De acordo com a BM&FBovespa, o volume financeiro com empréstimos de ações bateu o recorde histórico em 2012, chegando a R$ 785,92 bilhões, valor 7,26% superior a 2011, quando esse valor ficou em R$ 732,75 bilhões. Já em relação ao número de operações, esse adendo foi de 79,24%, resultado de 1,313 bilhão de operações em dezembro e 732,75 milhões em novembro.
Já em dezembro, o volume financeiro foi de R$ 65,86 bilhões, 8,73% a mais do que o volume registrado em novembro, de R$ 60,57 bilhões.
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O número de operações no último mês do ano foi de 88,221 mil, ante 97,157 mil transações registradas no mês anterior.
Como funciona o aluguel de ações
Qualquer papel negociado na Bolsa pode ser alugado. Basta que os interessados procurem a corretora de valores e fechem o contrato de aluguel.
Em troca de “emprestar” a ação, quem aluga recebe uma taxa de remuneração, negociada com o tomador. As taxas cobradas geralmente são baseadas na liquidez daquele ativo. Ou seja, as ações mais líquidas e que são mais alugadas acabam pagando taxas menores do que aquelas que têm uma oferta menor de aluguel.