Funcionários da BRF vão recorrer pagamento de PLR à Justiça; relembre a polêmica

Depois do ocorrido, a BRF também passou a ser uma das empresas investigadas na Operação Carne Fraca da Polícia Federal, junto de mais 20 frigoríficos

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Depois de os funcionários da BRF ameaçarem greves por conta do não pagamento de PLR e o CEO da empresa, Pedro Faria, gravar um vídeo se pronunciando sobre o assunto, a CNTA Afins (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins) está organizando um evento que reúne sindicatos representantes dos funcionários da empresa, que recorrerão à Justiça pela PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Em comunicado, o presidente da CNTA afirmou que a resistência da empresa em não pagar é mais um exemplo de “falta de diálogo” da BRF. “A BRF já se recusou a dialogar com representantes sindicais mesmo durante uma greve de trabalhadores no Paraná, no não passado. Lamentamos termos de enfrentar tamanha resistência, até porque principalmente na atual circunstância, entendemos que é através do diálogo que podemos construir alternativas que possam atender as necessidades dos trabalhadores”, disse.

A reunião acontece no dia 9 de maio em Brasília (DF), onde também serão discutidas as estratégias para garantir o pagamento da PLR.

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A decisão de não realizar o pagamento do benefício aos funcionários aconteceu em março, após a BRF anunciar os resultados de 2016, que teve um prejuízo de R$ 372 milhões. No vídeo gravado por Faria para todos os funcionários da empresa, o executivo explica que a PLR “não é uma obrigação da companhia com seus funcionários”.

“Eu assumo integralmente a responsabilidade desses resultados, como líder maior da organização. E falo disso de um lugar especial, pois, na verdade, já como presidente em 2015, tive a oportunidade de anunciar os resultados recordes da BRF, que geraram o maior pagamento de PLR para nossos funcionários que a companhia já tinha feito. É para esse cenário que eu quero voltar junto com vocês”, disse.

Na época, a BRF se posicionou afirmando que “o não pagamento do benefício considera o resultado aferido no exercício de 2016, divulgado aos funcionários e ao mercado em 23 de fevereiro. “A BRF esclarece que as regras de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) são transparentes e amplamente divulgadas para todos os colaboradores da Companhia”.

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Depois do ocorrido, a BRF também passou a ser uma das empresas investigadas na Operação Carne Fraca da Polícia Federal, junto de mais 20 frigoríficos.

Assista abaixo ao vídeo gravado pelo CEO da empresa: