Eneva (ENEV3) registra lucro de R$ 489,4 mi no 4º trimestre, recuo de 28,7% na base anual

A receita líquida somou R$ 1,682 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 37,5% na comparação anual

Felipe Moreira

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A Eneva (ENEV3) registrou lucro líquido de R$ 489,4 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), queda de 28,7% na comparação anual.

A elétrica explica que “a redução foi decorrente do aumento da despesa financeira líquida no 4T21 e da constituição extraordinária de ativo fiscal diferido ocorrida no 4T20 que não se repetiu no 4T21, levando a um aumento nas despesas com impostos no 4T21”.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 39% no último trimestre do ano passado, totalizando R$ 842,5 milhões, representando o maior Ebitda trimestral da história da companhia.

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“O aumento foi impulsionado principalmente pela alta expressiva dos CVUs das usinas a carvão e da UTE Parnaíba I, pela ampliação das margens fixas das usinas e pela reversão de impairment realizada em Itaqui”, explica a Eneva.

Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 51,1% no período, alta de 0,9 p.p. frente a margem registrada em 4T20.

A receita líquida somou R$ 1,682 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 37,5% na comparação com igual etapa de 2020.

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As despesas operacionais somaram R$ 158,2 milhões no último trimestre do ano passado, uma elevação de 12,6% em relação ao mesmo trimestre de 2020.

O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 152,2 milhões no quarto trimestre de 2021, um aumento de 105% sobre as perdas financeiras do quarto trimestre de 2020.

Segundo a Eneva, a variação negativa no período decorreu, principalmente, do aumento nas despesas com juros sobre debêntures, devido à elevação do CDI acumulado do 4T21 comparado ao acumulado 4T20; impacto negativo da desvalorização do real frente ao dólar nas operações de compra de carvão e em pagamentos de contratos indexados à moeda estrangeira; e impacto referente à mudança de tratamento contábil acerca da marcação a mercado dos contratos futuros de comercialização de energia, que passaram a ser classificados como operacionais a partir de 2021.

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A dívida líquida da companhia ficou em R$ 6,2 bilhões no final de dezembro de 2021, crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período de 2020.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,8 vezes em dezembro/21, queda de 0,5 vez em relação ao mesmo período de 2020.

Por outro lado, os investimentos somaram R$ 388,3 milhões no quarto trimestre de 2021, um recuo de 38,4% sobre o montante investido no quarto trimestre de 2020.

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