5.500 lojas de shoppings fecham por ausência de funcionários infectados por Covid e Influenza

Dados são relativos à semana que vai do dia 14 ao 20 deste mês e foram compilados pela Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers)

Equipe InfoMoney

(DENNER OVIDIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

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Ao menos 5.500 lojas de shoppings do país foram fechadas recentemente por falta de funcionários contaminados por Covid-19 ou Influenza.

Os dados são relativos à semana que vai do dia 14 ao 20 deste mês e foram compilados pela Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers).

O setor representado pela Abrasce comporta cerca de 111 mil lojas — 95% delas “estão trabalhando normalmente e não precisaram reduzir o horário de funcionamento dos estabelecimentos”, disse, por nota, a associação.

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A Abrasce também diz que o período de afastamento dos trabalhadores foi reduzido, a partir de portaria recente do Ministério da Saúde, o que “permite a retomada da atividade por parte do colaborador em um prazo menor”.

Os shoppings vêm sendo questionados a responder se não é a hora para reduzir o horário de funcionamento ao público diante do avanço da ômicron, variante do coronavírus que vem sendo a responsável pela aceleração das contaminações a patamares diários acima de 200 mil casos no país.

Esse debate foi iniciado por outra entidade, a Ablos (Associação Brasileira dos Lojistas Satélites). O InfoMoney já mostrou que, para a Ablos, a redução do horário de funcionamento ajudaria os lojistas a lidar com o problema da falta de funcionários que estão, dia após outro, sendo infectados pelo coronavírus e precisando se afastar das funções.

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A Abrasce já havia manifestado ser contrária à medida, mesmo entendendo que o momento exige atenção redobrada. “Compreendemos que o setor de shopping centers trabalha há quase dois anos com medidas sanitárias que garantem o bom funcionamento dos empreendimentos sem colocar em risco a integridade física de funcionários, lojistas e frequentadores”, disse, em nota.

A entidade afirmou ainda que o setor segue cumprindo o que determina decretos estaduais e municipais, como uso obrigatório de máscara, aplicação das regras de distanciamento para evitar aglomerações, disponibilização de álcool em gel nos mais variados pontos dos empreendimentos, campanha de incentivo a vacinação da população, dentre outras iniciativas.

Nesta quinta-feira (20), Glauco Humai, presidente da Abrasce, salientou que “os mais de 90% dos estabelecimentos funcionando normalmente permitem que as operações continuem ocorrendo de forma a garantir a qualidade do atendimento”.