Iguatemi (IGTA3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 58 mi no 3º trimestre, por queda em receitas financeiras

Apesar da melhora operacional, grande parte do resultado negativo no trimestre é devido à marcação a mercado das ações da Infracommerce

Fernando Lopes

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SÃO PAULO – A Iguatemi (IGTA3) reportou prejuízo de R$ 57,957 milhões no terceiro trimestre de 2021, revertendo lucro de R$ 61,566 milhões no mesmo período de 2020.

Na explicação do resultado líquido a empresa destaca a linha do resultado financeiro, que apresentou perdas de R$ 211,533 milhões, cifra 913% acima da reportada um ano antes, que foi negativa em R$ 20,869 milhões.

“Grande parte do resultado negativo é devida à marcação a mercado das ações da Infracommerce”, escreveu, ressaltando que essas ações tiveram desvalorização de 28,5%, gerando resultado negativo de R$ 143,0 milhões no financeiro.

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“Se excluirmos o efeito da Infracommerce, o resultado financeiro seria de R$ 75,2 milhões negativos”, acrescentou. No mais, as despesas financeiras aumentaram em 43,1%, por conta do maior nível de endividamento bruto da companhia e aumento da SELIC, se comparado ao mesmo período de 2019.

A empresa acrescentou que sem o efeito da variação do preço da ação da Infracommerce o resultado teria sido de um lucro líquido de R$ 32 milhões no 3º trimestre, 48% abaixo do lucro do mesmo período do ano passado.

Operacional do Iguatemi em alta

Apesar da piora no resultado líquido, a empresa destacou o desempenho operacional com o avanço da vacinação e da flexibilização das restrições de circulação, para conter o avanço da Covid-19, o que impactou positivamente em muitos itens do balanço.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 14,2% no 3º trimestre, para R$ 151,453 milhões. A margem Ebitda, por sua vez, perdeu 1,6 ponto percentual, para 72,2%.

A receita líquida também cresceu, atingindo R$ 209,644 milhões, o que representa 16,6% a mais do que os R$ 179,792 milhões de um ano antes..

A Área Bruta Locável (ABL) ficou quase estável com leve recuo de 0,2%, em qualquer parâmetro.

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As vendas totais chegaram a R$ 3,326 bilhões, 82,7% a mais do que o aferido no 3TRI20, que teve em vendas R$ 1,820 bilhão.

“As vendas mesmas lojas (SSS) cresceram7,8% e as vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 4,4% no trimestre versus o 3T19, com 10 dos 16 shoppings crescendo sobre 2019”, destacou a empresa.

Já os aluguéis mesmas lojas (SSR) cresceram 22,9% e os aluguéis mesmas áreas (SAR) cresceram11,9% no 3T21 versus o 3T19.

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Segmentos com melhor perfomance

A empresa explica que “os segmentos que melhor desempenharam nas vendas no trimestre foram as operações de Moda, Calçados, Artigos de Couro e Alimentação, que foram influenciadas pelas operações funcionando 100% do horário e também da maior capacidade de fluxo permitida nos shoppings”.

A flexibilização e retomada do comércio contribuíram também para uma inadimplência líquida de 2,1%, o que representa 11,4 pontos percentuais abaixo do 3TRI20, “apesar de ainda acima dos níveis históricos pré-pandemia”.

Há uma tendência de queda, “mostrando que estamos conseguindo receber valores que ficaram atrasados nesses últimos meses, além de mostrar a capacidade de recebimento dos aluguéis correntes”.

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