Poupança tem resgate recorde de R$ 7,7 bilhões em setembro, maior saída líquida para o mês desde o início da série histórica

No acumulado do ano, o desempenho da caderneta também é negativo, com saída de R$ 23,3 bilhões

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – No segundo mês consecutivo de resgates, a caderneta de poupança encerrou setembro com saída líquida da ordem de R$ R$ 7,7 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Banco Central (BC).

Fruto de depósitos de R$ 282,9 bilhões e retiradas de R$ 290,6 bilhões, o resultado representa um valor recorde para o período desde o início da série histórica do BC, iniciada em 1995.

No acumulado do ano, os resgates na poupança também superam os aportes, em R$ 23,3 bilhões. Já o saldo total aplicado soma agora R$ 1,031 trilhão.

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Embora ainda bastante popular entre os brasileiros, a caderneta de poupança oferece baixo retorno quando comparada com outras aplicações financeiras mais conservadoras, mesmo diante do cenário de alta dos juros.

Em setembro, a poupança rendeu apenas 0,30%, ante variação de 0,44% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa. Vale lembrar que quando a taxa Selic está em um patamar igual ou inferior a 8,50%, a poupança rende 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada desde 2017.

No acumulado do ano, o retorno da caderneta chega a 1,67% (ante 2,52% do CDI) e, em 12 meses, a 2,02%, enquanto o CDI tem variação de 3,01%.