Gestores de ativos pedem regras claras para investimentos ESG

“O ‘S' está se tornando o problema”, disse o diretor-presidente da Index Industry Association, referindo-se ao investimento socialmente responsável

Bloomberg

(Getty Images)

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(Bloomberg) — Muitos dos maiores gestores de ativos do mundo dizem que está cada vez mais difícil entender algumas das regras que orientam o mercado para investimentos ambientais, sociais e de governança, que movimenta US$ 35 trilhões.

Grande parte da confusão gira em torno da definição do “S” da sigla em inglês ESG que define esses padrões.

Os marcos são geralmente vistos como confusos e isso “se tornará um problema maior daqui para a frente”, de acordo com Rick Redding, diretor-presidente da Index Industry Association (IIA), que tem sede em Nova York.

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Ele destaca uma pesquisa realizada pela IIA segundo a qual 56% dos 300 profissionais de investimento na Europa e nos Estados Unidos – alguns com mais de US$ 1 trilhão sob gestão – dizem que enfrentam dificuldade em cumprir os decretos que pretendem direcionar o capital para ativos ESG. Ao mesmo tempo, 85% dizem que o ESG tem grande prioridade.

“O ‘S’ está se tornando o problema”, disse Redding, referindo-se ao investimento socialmente responsável. “O que estamos vendo são abordagens regulatórias potencialmente diferentes para o ‘S’” em várias jurisdições, disse.

A preocupação é que “você tem muito menos dados quantitativos disponíveis”, o que torna difícil para investidores apoiarem suas estratégias com números, disse Redding.

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Andy Howard, que ajuda a administrar mais de US$ 920 bilhões como responsável global por investimentos sustentáveis da Schroders, espera regras mais claras da União Europeia para ajudar a orientar o setor. Os investidores do bloco já possuem uma taxonomia verde. Agora esperam por uma taxonomia social para ajudá-los a definir e medir o risco social em diversos aspectos, por exemplo, como uma empresa trata os funcionários até a exposição ao trabalho infantil, além de parâmetros básicos como igualdade.

Mas isso ainda levará tempo. Por enquanto, um subgrupo nomeado pela UE ainda estuda o que deveria entrar em uma taxonomia social, e um relatório sobre as conclusões é previsto para o final deste ano.

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