Por falta de vacina, Eduardo Paes anuncia suspensão de imunização no Rio de Janeiro até dia 22

“Recebi a notícia de que não chegaram novas doses. Teremos que interromper amanhã a nossa campanha", disse o prefeito carioca

Equipe InfoMoney

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Eduardo Paes (DEM), prefeito do Rio de Janeiro, anunciou na manhã desta segunda-feira (15) pelo Twitter que a cidade terá que interromper a campanha de vacinação contra a Covid-19 na quarta-feira (17) por falta de doses do imunizante.

“Recebi a notícia de que não chegaram novas doses. Teremos que interromper amanhã a nossa campanha. Hoje vacinamos pessoas de 84 anos e amanhã de 83. Estamos prontos e já vacinamos 244.852. Só precisamos que a vacina chegue. Nova leva deve chegar do Butantan na próxima semana”, disse o prefeito carioca.

De acordo com Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, o calendário volta na próxima segunda (22), quando a cidade deve receber mais doses da Coronavac do Instituto Butantan. “Infelizmente, a gente vai ter que interromper o calendário, voltar para o calendário original, porque a gente antecipou uma semana o calendário no Rio”, afirmou.

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A cidade já vacinou mais de 240 mil pessoas e chegou a antecipar o calendário para imunizar mais idosos em fevereiro.

Agora, o plano de vacinação de todos os idosos com mais de 60 anos volta a ser até o fim de março, destacou Soranz. “Quem tem 82 anos tem que procurar os postos na semana que vem, voltando ao calendário original”, afirmou. Já a  segunda dose a ser aplicada nos profissionais de saúde e idosos abrigados está garantida.

Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, foi outra cidade que interrompeu sua vacinação no domingo. Ainda no radar, em São Paulo, a cidade de Araraquara informou ter 12 casos da variante de Manaus e decretou lockdown. Com isso, a cidade proíbe circulação de pessoas sem justificativa; serviços terão horários de funcionamento reduzidos.

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Dados do Covid no Brasil

Vale destacar que o  Brasil registrou neste domingo (14) mais 713 mortes e 24.759 novos casos de Covid-19, de acordo com informações do boletim divulgado no começo da noite da véspera pelo Ministério da Saúde. Assim, o país soma 239.245 óbitos pela doença e um acumulado de 9.834.513 pessoas com infecção detectada. Segundo dados do governo federal, o país tem agora 849.844 casos ativos – ou seja, com potencial de transmitir o vírus.

Até o momento, 5.072.729 pessoas receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a covid no Brasil, o equivalente a 2,4% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 214.943 pessoas, 0,1% da população brasileira.

Pressionado pela possibilidade de o Senado abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar ações e omissões do governo na atuação sobre a pandemia, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, garantiu na quinta-feira (11), em audiência pública: “Vamos vacinar o país em 2021. Serão 50% até junho, 50% até dezembro da população vacinável”.

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Governadores pediram ajuda a parlamentares da cúpula do Congresso Nacional para obter um encontro com o ministro e tratar do ritmo de imunização. Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena a temática da vacina no Fórum Nacional de Governadores, a reunião foi marcada para quarta-feira (17). O encontro deverá ser usado para pedir detalhes sobre o cronograma de entrega de vacinas até abril, quando a primeira fase do plano nacional de vacinação, voltado aos grupos de alto risco, já deveria estar concluída.

“Nos aproximamos de 30 dias do início da vacinação com perspectiva de alcançar apenas 3% da população brasileira vacinada (…) Neste ritmo, o plano do governo de vacinar até junho 50% da população não vai se concretizar. Seguindo nesta lentidão, o Brasil deve chegar a cerca de 20% da população vacinada”, afirmou Dias ao jornal Valor.

No encontro com o general Pazuello, os governadores deverão tratar de alternativas para acelerar a vacinação, entre elas a vacina russa Sputnik V. Também deverão pedir que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não vete a medida provisória que dá à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) cinco dias para avaliar a autorização emergencial de vacinas contra a Covid.

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Além disso, a Secretaria de Saúde do estado de Goiás confirmou dois casos da variante britânica do coronavírus, em testes realizados em 31 de dezembro. Em um comunicado na sexta-feira (12), as autoridades afirmaram que as duas pessoas que contraíram a variante britânica vivem nos arredores da capital federal Brasília. Elas tiveram contato com um parente que vive na Inglaterra, viajou ao Brasil para as festas de fim de ano e foi diagnosticado com Covid-19.

Com base na avaliação de diversos estudos, pesquisadores britânicos afirmaram na sexta que a variante encontrada no país, conhecida como B.1.17, pode ser entre 30% e 70% mais mortal do que o vírus original, além de ser mais transmissível.

A secretaria estadual de Saúde de Goiás questionou o Ministério da Saúde sobre se esses são os primeiros casos da variante britânica encontrados no Brasil, mas a pasta não comentou a situação imediatamente. O jornal americano The New York Times afirmou que a variante já foi encontrada em ao menos 82 países.

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A farmacêutica AstraZeneca disse que realiza pesquisas para avaliar a eficácia da vacina que desenvolveu em parceria com a Universidade de Oxford sobre as novas variantes encontradas no Reino Unido, no Amazonas e na África do Sul. O Instituto Butantan, parceiro nacional para desenvolvimento da vacina chinesa Sinovac, diz que realiza estudos para avaliar a eficácia sobre a variante encontrada no Amazonas.

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