Economista-chefe do Banco Mundial alerta para crises da dívida entre emergentes

“Não precisam estar com drama de default, mas ainda precisarão de reestruturações e irão ao FMI para programas e assim por diante”, disse Carmen Reinhart

Bloomberg

Uma pessoa se afogando em dólares

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(Bloomberg) — O número de países em desenvolvimento com crises da dívida deve crescer nos próximos meses, de acordo com Carmen Reinhart, economista-chefe do Banco Mundial.

Muitas economias de baixa renda e vários mercados emergentes correm risco de se juntar à Venezuela, ao Líbano, Argentina, Equador e Zâmbia na lista de crises da dívida soberana, disse a economista, sem identificar os candidatos mais prováveis.

“Não precisam estar com o drama de um default, mas ainda precisarão de reestruturações e irão ao FMI para programas e assim por diante”, disse Reinhart à Bloomberg TV.

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A especialista em dívida nascida em Cuba disse que levará “alguns anos” até que a economia global registre o mesmo nível do PIB visto antes da pandemia. O desafio para mercados emergentes é que os fluxos de capital privado foram significativamente reduzidos, aumentando sua dependência de financiamento do Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e outros bancos de desenvolvimento.

“O poder de fogo é muito limitado”, disse Reinhart. “Não se trata inteiramente de não avaliar bem a seriedade do que é necessário, mas também da capacidade de mais de 100 países” conseguirem oferecer esse estímulo, afirmou.