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SÃO PAULO – Repetindo estratégia adotada no final de setembro do ano passado, o Banco Central anunciou que estaria aumentando o percentual de recolhimento compulsório de 10% para 15% sobre os depósitos a prazo. Através da medida, a autoridade monetária busca reduzir a liquidez do mercado, e com isto a volatilidade, especialmente no mercado de câmbio.
Aumento do compulsório pressiona juros
O depósito compulsório nada mais é do que um recolhimento obrigatório exigido pelo Banco Central dos bancos sobre o total dos depósitos, à vista e a prazo, que estas instituições possuem. A decisão afeta apenas o compulsório sobre os depósitos a prazo, enquanto o percentual sobre os depósitos à vista se manteve inalterado em 45%.
A medida ajuda a conter a liquidez do mercado, e conseqüentemente, a capacidade das tesourarias dos bancos de operarem no mercado, diminuindo assim a pressão sore o câmbio. Contudo, tem um efeito negativo sobre os juros, pois diante da redução da sua liquidez, e o fato de que os depósitos compulsórios praticamente não são corrigidos, o custo oportunidade do dinheiro aumenta, isto é, os bancos passam a exigir mais para emprestar dinheiro, o que, em última instância, deve aumentar os juros ao consumidor.