Azul tem rating rebaixado para CCC; Petrobras avança com venda de ativos, Omega faz compra de R$ 661,7 mi e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta segunda-feira (24)

Equipe InfoMoney

(Divulgação/Azul)

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O mercado aguarda nesta segunda-feira os resultados do segundo trimestre da Ser Educacional e da Lojas Marisa. Além disso, será definido hoje o preço por ação da Rumo, que prepara uma oferta primária de ações.

Também são esperados para esta semana novos lances na disputa pela Linx, enquanto o conselho de administração da Tecnisa deve avaliar a possível combinação entre Gafisa e Tecnisa. No último dia 19, a Tecnisa informou ter recebido, de forma inesperada, uma proposta do Bergamo Fundo para combinação de negócios com a Gafisa (GFSA3).

Deve chamar atenção do mercado o rebaixamento do rating da Azul (AZUL4) pela Fitch, assim como o investimento do Itaú Unibanco em parceria com a Engie, na área de transmissão.

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Confira os destaques:

Rumo (RAIL3)

A empresa de logística Rumo terá hoje a definição do preço por ação da sua oferta primária de ações. A companhia vai captar R$ 5,7 bilhões a R$ 6,98 bilhões com a oferta, que tem como objetivo projetos relativos à renovação antecipada da concessão da Rumo Malha Paulista, e também para pré-pagar outorgas.

O coordenador líder da oferta é o Bradesco BBI. A operação contará com esforços do colocação no Brasil e no exterior.

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Linx (LINX3)

A Linx e a Stone estão preparando uma série de pareceres jurídicos para lidar com a repercussão negativa do acordo de combinação das empresas, segundo a Exame. No total, serão cinco pareceres jurídicos e dois elaborados por consultorias de recursos humanos.

De acordo com a reportagem, o presidente da empresa, Alberto Menache, estaria indignado e até ofendido com algumas das críticas feitas à operação.

Azul (AZUL4)

Em meio à queda na demanda por viagens aéreas no Brasil, a nota de longo prazo em moeda local e estrangeira da Azul foi rebaixada de “B-” para “CCC” pela agência de classificação de riscos Fitch Ratings. O rating na escala nacional passou de “BB(bra)” para “CCC(bra)”. As notas foram retiradas da observação negativa.

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A decisão também reflete a possibilidade de a Azul enfrentar dificuldades em levantar recursos no próximos seis meses, assim como a limitação geográfica de suas operações.

Engie (EGIE3)

A Engie Brasil firmou um acordo de investimentos com o Itaú Unibanco (ITUB4). Na sexta-feira, a empresa informou que o acordo prevê a subscrição pelo Itaú de R$ 500 milhões em novas ações preferenciais de emissão da Novo Estado Participações, unidade da Engie responsável por um projeto de transmissão na região Norte, segundo a Reuters.

A Engie anunciou em dezembro do ano passado a aquisição junto à indiana Sterlite do projeto Novo Estado, que compreende a construção de 1,8 mil quilômetros em linhas de energia no Pará e no Tocantins.

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Dasa (DASA3)

A Dasa divulgou, na noite de sexta-feira, prejuízo líquido de R$ 145,3 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 33,4 milhões no mesmo período do ano passado. De acordo com a empresa, a pandemia impactou negativamente a demanda por procedimentos médicos eletivos.

A receita líquida cresceu 17,4%, para R$ 1,3 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 48%, para R$ 120 milhões.

Saraiva (SLED3)

A rede de livrarias Saraiva, que está em recuperação judicial, registrou um prejuízo líquido de R$ 118,2 milhões no segundo trimestre deste ano.

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A receita líquida caiu 80% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 27,7 milhões. Já o Ebitda ficou negativo em R$ 91,8 milhões.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras anunciou a venda para a SPE Rio Ventura, subsidiária integral da 3R Petroleum e Participações, os campos terrestres de Água Grande, Bonsucesso, Fazenda Alto das Pedras, Pedrinhas, Pojuca, Rio Pojuca, Tapiranga e Tapiranga Norte, localizados nos municípios de Catu, Mata de São João, Pojuca e São Sebastião do Passé, no estado da Bahia.

Segundo a estatal, o valor é composto por US$ 3,8 milhões pagos nesta sexta, US$ 31,2 milhões a serem pagos no fechamento da transação, US$ 16 milhões que serão pagos 30 meses após o fechamento da transação e US$ 43,2 milhões em pagamentos contingentes previstos em contrato.

A petroleira destacou que o fechamento da transação depende de fatores como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocomsustíveis (ANP).

Ainda sobre a estatal, foi anunciado que a presidente da Transpetro, Cristiane Elia de Marsillac, renunciou ao cargo, por questões pessoais. Ela será substituída pelo diretor financeiro da empresa, Gustavo Santos Raposo.

A companhia é uma subsidiária da Petrobras e atua na área de transporte e logística de combustíveis, abrangendo importação e exportação de petróleo e derivados, gás e etanol.

A companhia ainda divulgou teaser para venda de ativos no Espírito Santo.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras enviou um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para se explicar sobre a volatilidade de suas ações no período de 10 a 21 de agosto, depois de ser questionada pela B3.

Segundo a Eletrobras, as oscilações são fruto de notícias em relação à possibilidade de privatização da companhia que saem na mídia. Ela cita como exemplo a saída do então secretário de Privatizações, Salim Mattar, do Ministério da Economia, no dia 11.

No dia seguinte, as ações preferenciais classe B (PNB) recuaram 3,35%. De acordo com a Eletrobras, a saída foi interpretada pelo mercado como um fator que poderia dificultar o processo de privatização.

Por outro lado, no fim da última semana, foi destacada a notícia de que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) poderia ser o relator do texto da privatização da companhia no plenário. Ele já foi contrário a esse projeto de privatização em determinados momentos.

Omega Geração (OMGE3)

A Omega Geração anunciou uma emissão de ações e a compra de dois complexos eólicos. Sobre a emissão, a companhia informou neste domingo que realizará uma oferta subsequente primária de ações ordinárias. Inicialmente, a companhia pretende emitir 17.370.391 papéis, e caso haja demanda, pode lançar um lote adicional de 6.079.636 ações, totalizando 23,450 milhões.

O valor por ação ainda será definido por meio do processo de coleta de demanda (bookbuilding), mas levando-se em conta o valor do papel no fechamento da última sexta-feira (R$ 37,42), a oferta pode movimentar até R$ 877,5 milhões. Os controladores terão uma restrição de venda dos papéis (lock up) de 90 dias.

Mais cedo, a companhia anunciou uma aquisição de dois complexos eólicos por R$ 661,7 milhões, além de uma due diligence para outro portfólio de 260 MW, e a implantação de um projeto de mais 200 MW, também por meio de um projeto eólico. No final de julho, a companhia já havia anunciado que faria uma captação, depois da formalização de compra de dois ativos vendidos pela Eletrobras.

De acordo com o Credit Suisse, a Omega está tomando uma decisão acertada ao ampliar seu portfólio, e as perspectivas dos contratos de longo prazo são positivas. O banco destacou que a emissão de ações vai ajudar a empresa a absorver a aquisição com um desfecho favorável aos acionistas.

O Bradesco BBI destacou que a aquisição reforça a visão da empresa como top pick do setor. “Em nossas estimativas, a empresa teve uma taxa interna de retorno de 10% com essa compra”, destacou. A emissão de ações também foi vista de forma positiva por que dará à empresa uma posição mais confortável para futuras aquisições.

Refinaria de Petróleos Manguinhos (RPMG3)

Neste sábado, a Refinaria de Petróleos Manguinhos informou que o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a nulidade do decreto estadual de 2012 que desapropriou o terreno onde fica a companhia, na etapa final de julgamento.

Segundo fato relevante, foi encerrado o julgamento virtual de um agravo regimental no STF, onde se discutia a validade do decreto 43.892/2012. Editado pelo Estado do Rio, o decreto declarava de utilidade pública e para fins sociais o terreno da Refit, que está em recuperação judicial.

CCR (CCRO3)

O tráfego nas rodovias administradas pela CCR caiu 0,3% na semana de 14 a 20 de agosto de 2020, ante a mesma semana do ano passado. De acordo com boletim divulgado pela companhia na sexta-feira, os veículos de passeio tiveram queda de 16,2% no período, enquanto os veículos comerciais mostraram alta 12,9%.

No acumulado do ano, o movimento total caiu 6,1%. Em relatório, o Bradesco BBI destacou que o resultado da semana foi positivo, mostrando um retorno gradual aos níveis pré-pandemia. O banco destacou que a circulação excluindo a ViaSul caiu 5% na comparação anual.

Planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) proibiu a aplicação de reajustes anual e por faixa etária em todos os planos e seguros vendidos no país, individuais e coletivos, com aniversário entre setembro e dezembro.

A decisão foi tomada após notícias de que as operadoras começaram, neste mês, a reajustar planos em até 25%, o que gerou uma reação imediata do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Segundo O Globo, esta foi a primeira vez que a ANS interferiu diretamente na relação entre as operadoras e os clientes que contratam planos de saúde coletivos.

Privatização dos Correios

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) selecionou o consórcio Postar para a realização dos estudos para a privatização dos serviços postais no Brasil. O grupo vencedor é formado por Accenture do Brasil Ltda e Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados.

Em nota à imprensa, o BNDES informou que homologou na quinta-feira o consórcio como vencedor do seu processo de seleção, que contou com outros oito participantes. O Postar, que apresentou o menor preço, de R$ 7,89 milhões, ficará responsável por indicar alternativas de parceria com a iniciativa privada para gestão do serviço postal no Brasil.

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