Relatório de emprego nos EUA, Copom, IPCA e produção industrial: o que acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A semana terminou com o mercado mais tenso, apesar do Ibovespa terminar acumulando alta, deixando um pouco de lado também o noticiário sobre o coronavírus. Para os próximos dias, porém, a agenda será bem recheada para os investidores.

No cenário doméstico, atenção especial para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira (5), que tem mais expectativas sobre o comunicado do que a decisão em si.

Após os dados recentes de inflação ficarem abaixo do previsto, o mercado ampliou as apostas em um novo corte da Selic. A questão agora é se o Banco Central será mais enfático ao sinalizar um possível fim do ciclo de ajuste monetário. Além disso, investidores irão tentar antecipar por quanto tempo a autoridade pretende manter as taxas de juros antes de começar a subir novamente.

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No calendário, atenção ainda para a produção industrial de junho, na terça-feira (4), que deve seguir mostrando recuperação após a alta de 7% em maio. Vale destacar, porém, que o País está longe de apagar o recuo de mais de 26% acumulado entre março e abril.

Por fim, ainda será divulgado na semana o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial de inflação do País, e também a taxa de desemprego, que foi adiada na última semana após dificuldades de coleta de dados em meio à pandemia.

No cenário corporativo, a temporada de resultados do segundo trimestre segue em destaque, com pelo menos 36 balanços previstos para os próximos dias. Entre os destaques, atenção para os bancos, Itaú Unibanco na segunda e Banco do Brasil na quinta-feira.

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Semana conta ainda com números de AES Tietê, Embraer, Klabin, Braskem, Gerdau, entre outras. Além disso, duas empresas terão suas ações precificadas para IPO, a Lojas Quero-Quero e a d1000.

Já no campo político, o mercado segue atento ao andamento das discussões sobre a reforma tributária. Nos últimos dias, o presidente da comissão que trata do assunto, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), afirmou que o colegiado tentará votar uma proposta de reforma na primeira quinzena de outubro, para então enviar o texto para a Câmara e, em seguida, para o Senado.

Agenda externa

No calendário de indicadores dos Estados Unidos, o grande destaque será na sexta-feira, com o relatório de emprego, ou Payroll, de julho.

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A estimativa, segundo dados compilados pela Bloomberg, é da criação de 1,51 milhão de postos de trabalho, indicando que a recuperação americana continua, apesar do ritmo lento. Ainda serão divulgados PMIs, ISM e pedidos às fábricas e de bens duráveis.

Na China, saem os dados do PMI Caixin na noite de domingo e balança comercial de julho, que será apresentada no fim da semana. Neste fim de semana, o Japão divulga o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.

Além disso, os investidores seguem atentos aos estímulos contra a pandemia. O Congresso dos EUA segue sem um acordo entre democratas e republicanos para um novo pacote, além das tensões mais elevadas após o presidente Donald Trump questionar a realização das eleições em novembro.

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Clique aqui e confira a agenda completa de indicadores.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.