Bradesco registra queda de 40,1% do lucro no 2º trimestre, a R$ 3,87 bilhões, com nova alta de provisões

O lucro menor ocorre principalmente pelo novo reforço de R$ 3,8 bilhões nas provisões para perdas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Bradesco (BBDC3;BBDC4) registrou queda de 40,1% do lucro recorrente no segundo trimestre de 2020 na comparação anual, totalizando R$ 3,873 bilhões, informou o banco nesta quinta-feira (30). Já o lucro contábil foi de R$ 3,506 bilhões, baixa de 42%.

A queda no lucro levou a uma baixa da rentabilidade sobre o patrimônio líquido do Bradesco para 11,9%, contra 20,6% do segundo trimestre de 2019.

O lucro menor ocorre principalmente pelo novo reforço de R$ 3,8 bilhões nas provisões para perdas com a expectativa pela alta da inadimplência por conta da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. No primeiro trimestre, o Bradesco já havia constituído R$ 2,7 bilhões em provisões.

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As despesas com provisões atingiram R$ 8,890 bilhões no segundo trimestre, alta de 155% em relação ao mesmo período do ano passado e de 32,5% frente o primeiro trimestre de 2020.

“Nossos estudos internos, que são baseados em modelos estatísticos que capturam informações históricas e prospectivas, bem como a experiência da Administração, e refletem nossa expectativa de perdas em diferentes cenários econômicos que indicam, neste momento, a necessidade de reforçar nossas provisões relacionadas ao cenário econômico adverso”, destacou o banco.

A margem financeira total, por sua vez, somou R$ 16,684 bilhões no trimestre, alta de 15,1% frente o  primeiro trimestre e expansão de 15,3% frente ao segundo trimestre do ano anterior. A carteira de crédito expandida, por sua vez, teve alta de 0,9% no trimestre e 14,9% no ano, a R$ 661,1 bilhões.

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O índice de inadimplência acima de 90 dias na carteira recuou para 3% no fim do segundo trimestre, ante 3,7% em março e 3,2% em junho de 2019. Os bancos, durante o período, fizeram programas de renegociação e alongamento de dívidas.

As receitas de prestação de serviços foram de R$ 7,626 bilhões no trimestre, 7,9% menor ante igual período do ano anterior; as despesas operacionais tiveram queda de 5,5%, a R$ 11,459 bilhões.

Para o Morgan Stanley, o resultado do Bradesco ficou abaixo do esperado em especial devido ao aumento das provisões. O banco americano destacou ainda o aumento da cobertura (provisões em relação ao total do crédito) indica uma deterioração da inadimplência. “Não ficaríamos surpresos se mais provisões excedentes forem necessárias nos próximos trimestres”, segundo relatório a clientes.

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Como positivo, destacaram o controle das despesas. O Bradesco é classificado como “overweight” pelo Morgan Stanley.

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