Brasil desenvolve coração artificial como alternativa ao transplante

Dispositivo auxilia o coração natural, que está com o funcionamento prejudicado, enquanto não houver doador

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Instituto Dante Pazzanese está desenvolvendo um coração artificial para servir de alternativa ao transplante. A máquina foi criada para trabalhar junto com o órgão natural, enquanto a pessoa não consegue um doador para o transplante.

Esta é a primeira vez que um coração artificial é desenvolvido com tecnologia brasileira. Acredita-se que o custo da máquina será inferior aos produzidos por outros países, que custam entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.

Na última quarta-feira (27), o instituto assinou um acordo com o HCor (Hospital do Coração), que irá contribuir com mais recursos para a pesquisa. O hospital também irá colocar a disposição, pesquisadores para auxiliar o desenvolvimento do projeto.

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Testes

Os primeiros testes da tecnologia foram feitos há nove anos, em carneiros e, em 2002, o coração artificial começou a ser testado em bezerros. Espera-se que até o início de 2009, comecem os testes em seres humanos.

A equipe que desenvolvem o projeto já conseguiu fazer com que os bezerros que tinham recebido o coração artificial sobrevivessem por duas semanas. A meta é aumentar esse período para 30 dias.

O equipamento pode permanecer no organismo, auxiliando coração natural, por até cinco anos, e é feito com uma borracha semelhante ao silicone.