Ibovespa Futuro sobe mais de 1% em meio a alívio com novas medidas da China; juros caem após dado da indústria

Pré-market mostra ganhos diante da desaceleração no número de casos de coronavírus

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro registra forte alta nesta terça-feira (4) diante da recuperação dos mercados da China. Hoje, a bolsa de Xangai encerrou o pregão estável, com alívio após o sell-off na véspera. Na véspera, os índices acionários chineses caíram mais de 7% na volta de um recesso que durou uma semana por causa da nova doença.

Apesar dos números de infectados continuarem a crescer, eles estão desacelerando. No mundo todo são 20 mil pessoas que pegaram a doença e 425 mortos. Depois das Filipinas foi a vez de Hong Kong registrar a primeira morte de uma vítima do coronavírus fora da China continental.

Às 09h05 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para fevereiro subia 1,37% a 116.370 pontos, já o dólar futuro para março cai 0,31% a R$ 4,24.

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A moeda americana registra perdas em meio ao sentimento global de risco associado à visão de que a China não poupará esforços para evitar um grande impacto do surto de coronavírus no crescimento.

O Banco do Povo da China (PBoC) injetou 500 bilhões de yuans de liquidez no sistema bancário nesta terça-feira por meio de operações de recompra reversa após já ter oferecido uma grande quantidade de fundos na véspera.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai 3 pontos-base a 4,29%, o DI para janeiro de 2023 tem queda de 4 pontos-base a 5,42% e o DI para janeiro de 2025 registra perdas de 4 pontos-base a 6,11%.

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No Brasil, na véspera, o governo entregou ao Congresso um pacote com oito medidas. Entre elas, as reformas tributária e administrativa.

Os governadores de 23 Estados e do Distrito Federal rejeitaram a proposta do presidente Jair Bolsonaro de cobrar o ICMS dos combustíveis por litro, e não mais sobre a média dos preços cobrados nos postos. Em carta, os 23 governadores ressaltaram que o ICMS é a principal fonte de arrecadação dos Estados e que o debate precisa ser feitos nos “fóruns institucionais apropriados”.

Entre os indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta manhã dados da produção industrial, com o setor terminando o ano passado com queda de 1,1%. Foi o pior ano desde 2016, quando o indicador desabou 6,4%.

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Em dezembro, a queda foi de 1,2% na base de comparação anual, enquanto a estimativa era de queda de 0,8%, segundo consenso Bloomberg. O dado foi divulgado um dia antes da decisão de política monetária do Banco Central.

Mercado de capitais 

O investidor brasileiro superou o estrangeiro na B3 pela primeira vez desde 2014, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Com os juros baixos, muitos investidores migraram da renda fixa para as ações. Em 2019, os investidores brasileiros somaram 52% dos investidores na B3, enquanto os estrangeiros 48%.

Apesar dos investidores estrangeiros terem retirado R$ 40 bilhões da Bolsa de Valores de São Paulo no ano passado, o movimento cresceu e a expectativa é que aumente neste ano. A saída dos estrangeiros da bolsa paulista contrariou a expectativa que a aprovação da Reforma da Previdência atrairia mais capital externo para o Brasil.

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Noticiário corporativo 

A Petrobras (PETR3 e PETR4) divulgou teaser para a venda da sua participação em dois blocos na Bacia Pará-Maranhão, o BM-PAMA-3 e BM-PAMA-8. A estatal petrolífera brasileira tem 100% do BM-PAMA-3 e 80% do BM-PAMA-8, no qual a chinesa Sinopec é minoritária com 20%. Já a PetroRio (PRIO3) informou que adquiriu, por US$ 140 milhões (R$ 588 milhões), o navio-plataforma OSX-3, além de 80% do campo petrolífero de Tubarão Martelo, vizinho ao campo petrolífero de Polvo, que já controla.

Já a brMalls(BRML3) adquiriu fração adicional de 5% do Shopping Villa Lobos.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.