Ibovespa Futuro cai com novo vírus na China e rebaixamento de Hong Kong; dólar atinge R$ 4,20

Doença chinesa e início do julgamento do impeachment de Trump no Senado dos EUA ofuscam Fórum de Davos

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta terça-feira (21) seguindo a fraqueza das bolsas internacionais após o governo chinês confirmar que o “Vírus de Wuhan”, que já matou três e contaminou 200 pessoas, é propagado de pessoa a pessoa. Além disso, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou ontem a nota de Hong Kong de Aa2 para Aa3 por conta dos protestos que já duram mais de seis meses.

Nos Estados Unidos, o Senado começa à tarde a julgar se o presidente Donald Trump será ou não afastado do cargo. O processo de impeachment foi aprovado pela Câmara dos Deputados no fim do ano passado e se baseia na acusação de que Trump tenha cometido abuso de autoridade ao pedir ao presidente eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que investigasse o adversário político do americano, Joe Biden, do Partido Democrata.

Às 9h15 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em fevereiro cai 0,61% a 118.370 pontos, enquanto o dólar futuro com o mesmo vencimento tinha alta de 0,33% a R$ 4,2095. O dólar comercial, por sua vez, registrava alta de 0,396%, a R$ 4,2051 na compra e R$ 4,2058 na venda.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 tem alta de três pontos-base a 5,10%, o DI para janeiro de 2023 registra ganhos também de três pontos-base a 5,69% e o DI para janeiro de 2025 avança quatro pontos-base a 6,42%.

Por aqui, o mercado deve ficar atento às falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que discursa no Fórum Econômico Mundial de Davos. Na véspera, as declarações de Guedes voltaram a fazer o dólar subir, com o ministro reiterando que a combinação de juros mais baixos e câmbio mais alto são o “novo normal” no Brasil.

Já Trump, fez um discurso na manhã de hoje em Davos afirmando que os Estados Unidos estão “no meio de um boom econômico que o mundo nunca viu antes”. Os “ótimos números” da economia, acrescentou, ocorrem apesar da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

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O presidente americano afirmou que a “maior parte” das tarifas comerciais impostas à China vai continuar em vigor durante as negociações da próxima etapa do acordo bilateral, conhecida como “fase 2”, que começarão “muito em breve”. Ele ainda comemorou a assinatura da “fase 1” do acordo, na semana passada. “Nossa relação com a China neste momento nunca esteve melhor”, destacou.

Trump lembrou que o acordo prevê que a China gaste cerca de US$ 200 bilhões adicionais em bens e serviços americanos, mas apontou que o montante pode chegar a algo próximo de US$ 300 bilhões.

Noticiário corporativo

A Caixa Seguridade Participações fechou um acordo com a Icatu Seguros para vender títulos de capitalização, durante 20 anos, nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF). A Icatu investirá R$ 180 milhões na nova empresa que fará essa operação. Já o Banco Inter comprou 70% do capital da DLM, uma gestora que tem uma carteira de R$ 4,5 bilhões.

A construtora e incorporadora imobiliária Even publicou uma prévia dos seus resultados do quarto trimestre de 2019, informando que teve uma expansão de 46% na receita líquida, para R$ 583 milhões no período. Já a Cyrela anunciou que as vendas contratadas somaram R$ 2,06 bilhões no quarto trimestre de 2019. A Hering divulgou na noite de ontem uma prévia do seu resultado do quarto trimestre de 2019. A empresa informou que teve uma queda de 5,2% no faturamento bruto, que foi de R$ 502,9 milhões no período.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.