Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

PIB e dados de produção industrial da China animam investidores; nos EUA, atenção para bateria de indicadores

Equipe InfoMoney

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Os futuros de Nova York avançam na manhã de hoje e apontam para abertura em alta, embalados pelos resultados corporativos satisfatórios dos bancos e empresas. Nos EUA, o mercado observa hoje uma série de indicadores, como a produção industrial de dezembro e o índice de confiança do consumidor em janeiro.

A notícia de que o PIB da China cresceu 6,1% em 2019 foi bem recebida. O país ainda teve a primeira aceleração dos investimentos desde junho, sugerindo que retomada mais firme pode estar a caminho. Já a produção industrial e vendas no varejo chinesas cresceram mais que o previsto em dezembro.

No Brasil, dia com poucos indicadores. Os destaques devem ficar com a publicação de prévias das empresas sobre o quarto trimestre do ano passado. No noticiário corporativo, a Lojas Americanas informou que captou R$ 222 milhões com a venda de ações ordinárias e preferenciais, através de aumento de capital.

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1.Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York avançam na manhã de hoje, apontando para uma abertura em alta. A expectativa da divulgação de resultados corporativos em linha ou acima das projeções do mercado embala um sentimento positivo nos EUA, mas o mercado observará com atenção dados como a produção industrial de dezembro e o sentimento do consumidor em janeiro, a serem divulgados mais tarde pela manhã.

O PIB da China cresceu 6,1%, informou o Escritório Nacional de Estatísticas em Beijing. O resultado veio em linha com as projeções. Ainda assim, foi o ritmo de crescimento mais lento em quase três décadas e uma desaceleração em relação ao avanço de 6,6% registrado em 2018.

A produção industrial chinesa avançou 6,9% na comparação anual de dezembro, acelerando de um aumento de 6,2% em novembro. O avanço de dezembro superou a mediana das projeções de 15 analistas consultados pelo Wall Street Journal, de alta de 5,9%. Já as vendas no varejo saltaram 8,0% no mês passado em relação a dezembro de 2018, repetindo o aumento de 8,0% de novembro e batendo as projeções de crescimento de 7,8%.

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Bolsas da Ásia fecharam estáveis ou em modesta alta, enquanto as bolsas europeias avançam. Entre as commodities, o minério de ferro sobe enquanto investidores pesam expectativa sobre produção da Rio Tinto e dado mostrando que a China produziu quase 1 bilhão de toneladas de aço, batendo recorde em 2019.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h30 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,26%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,34%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,29%

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Europa
*Dax (Alemanha) , +0,87%
*FTSE (Reino Unido), +0,68%
*CAC 40 (França), +1,1%
*FTSE MIB (Itália), +0,69%

Ásia
*Hang Seng (Hong Kong), +0,60% (fechado)
*Xangai (China), +0,05% (fechado)
*Nikkei (Japão), +0,45% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,11% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,15%, a US$ 58,61 o barril
*Petróleo Brent, +0,28%, a US$ 64,80 o barril

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**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de +0,83%, cotados a 669,50 yuanes, equivalentes a US$ 97,61 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,8579 (+0,39%)
*Bitcoin, US$ 8.931,00 +2,9%

2. Indicadores econômicos

No Brasil, a Fipe publica pela manhã a inflação (IPC) na cidade de São Paulo, segunda quadrissemana de janeiro. Já nos Estados Unidos, uma manhã repleta de indicadores: às 10h30, será divulgados os dados de construção de casas novas de dezembro (com estimativa de alta de 1,1% na base mensal) e de produção industrial (estimativa de queda de 0,2%). Já às 11h15, atenção para os dados de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan de janeiro.

3. Política

Pesquisa XP/Ipespe divulgada na noite da última quinta-feira de popularidade do governo Bolsonaro mostra que no primeiro mês de 2020, 32% avaliaram a administração federal como ótima ou boa, contra 35% em dezembro (ficando dentro da margem de erro de 3,2 pontos percentuais). Ruim ou péssimo se manteve em 39%, enquanto a avaliação regular passou de 25% para 28% entre dezembro e janeiro.

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No caso da expectativa dos entrevistados, também houve uma piora. 40% tem uma projeção ótima ou boa para o restante do mandato de Bolsonaro, contra 43% no mês passado. Este foi o índice mais baixo já registrado neste quesito desde o início da série em novembro de 2018. Já a expectativa ruim ou péssima passou de 34% para 33% e a “regular” saiu de 19% em dezembro para atuais 20%. Confira a pesquisa clicando aqui. 

Ainda em destaque, o governo federal atendeu aos caminhoneiros e reajustou a tabela do frete rodoviário entre 11% e 15%, informa a edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) também tornou obrigatório o pagamento do frete de retorno para viagens em que o caminhão voltava vazio e incluiu no cálculo o custo com refeições e hospedagem do caminhoneiro. Apesar do reajuste, os caminhoneiros estão insatisfeitos. Eles querem a redução do preço do diesel.

4. Judiciário

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, manifestou a aliados políticos que gostou do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ter adiado por seis meses a criação da figura do juiz de garantias, informa a coluna painel do jornal Folha de S. Paulo de hoje. Mas pediu a eles que mantenham a pressão contra a medida. Já o jornal O Globo trouxe reportagem informando que no dia 20 o ministro Luiz Fux assume a presidência do STF durante o plantão do recesso do tribunal. Fux já comentou a interlocutores que é contra a figura do juiz de garantias, a qual ele poderia, em teoria, suspender por prazo indeterminado.

5. Noticiário corporativo

A Lojas Americanas comunicou que levantou R$ 222 milhões com seu aumento de capital, através da subscrição de 5,1 milhões de ações ordinárias e 9,9 milhões de preferenciais. As sobras, uma quantidade ao redor de 430 mil ações, serão oferecidas na B3 até 27 de janeiro. As construtoras e incorporadoras imobiliárias MRV e Helbor informaram ontem as prévias dos seus resultados no quarto trimestre de 2019.

(Com Agência Estado)

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