Inflação da baixa renda desacelera e fica em 0,59% em outubro

Nos últimos 12 meses encerrados em outubro deste ano, a variação do IPC-C1 é de 7,22%, contra 5,97% da inflação geral, diz FGV

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – Em outubro, a inflação medida pelo IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) desacelerou de 0,68% em setembro para 0,59% em outubro deste ano. O resultado, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta segunda-feira (12), deve-se aos grupos Alimentação e Habitação.

O percentual apurado no IPC-C1 no décimo mês do ano está acima da inflação geral medida pelo IPC-BR, que ficou em 0,48% em outubro. Nos últimos doze meses, o índice acumula variação de 7,22%, enquanto que o IPC-BR registra taxa de 5,97%. No ano, a inflação das famílias de baixa renda está em 5,63%, já o aumento dos preços no geral acumula alta de 4,58%, entre janeiro e outubro de 2012.

O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais.

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Alimentos
Segundo a FGV, entre novembro de 2011 e outubro de 2012, a taxa do grupo Alimentos ficou em 10,68%. O resultado é menor do que o apurado nos últimos 12 meses até setembro deste ano, quando a variação foi de 9,33%. Na apuração mensal, por outro lado, a taxa do grupo passou de 1,59%, registrada em setembro, para 1,07%, no mês passado.

O grupo Habitação (0,37% para 0,33%) também influenciou a desaceleração da inflação para esta faixa de consumidores.

Os resultados desses grupos (Alimentação e Habitação) foram impactados, respectivamente, pelos itens: hortaliças e legumes (de 0,48% para -5,24%) e tarifa de eletricidade residencial (de 0,60% para -0,41%).

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Outros grupos
Em sentido oposto, os grupos Vestuário (0,63% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,37%), Educação, Leitura e Recreação (-0,05% para 0,44%), Transportes (0,04% para 0,24%), Despesas Diversas (0,22% para 0,38%) e Comunicação (0,41% para 0,67%) registraram aceleração em suas taxas de variação.

As influências partiram, nesta ordem, dos itens calçados (de 0,14% para 0,83%), medicamentos em geral (0,08% para 0,18%), hotel (-1,48% para 0,61%), gasolina (-0,04% para 1,60%), serviço religioso funerário (0,34% para 0,90%) e mensalidade para TV por assinatura (0,90% para 1,86%).