JBS quita dívida de R$ 1,5 bi, nova fase da Carne Fraca envolve BRF; Petrobras acerta venda de campos e mais

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira

Equipe InfoMoney

Bandeja de carne vermelha (Shutterstock)

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No Radar InfoMoney desta terça-feira destaque aos frigoríficos, que após atingirem um valor de mercado recorde na bolsa, se veem às voltas com nova etapa da operação Carne Fraca envolvendo a BRF; à Petrobras com devolução de concessão no Uruguai e novas vendas de campos; e às incorporadoras em meio ao processo de redução dos juros por parte dos bancos no crédito imobiliário.

BRF (BRFS3), JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3)

A Polícia Federal deflagra a quarta fase da Operação Carne Fraca: sessenta e oito mandados de busca e apreensão são cumpridos na manhã desta terça-feira (1), em nove estados do país. De acordo com a Polícia Federal (PF), esta nova etapa da Carne Fraca apura crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em diversos estados.

As irregularidades eram realizadas para beneficiar um grupo empresarial do ramo alimentício, que, segundo o G1, seria a BRF.

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Esse grupo empresarial passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação e, segundo a PF, apontou 60 auditores fiscais agropecuários como favorecidos com as vantagens indevidas, acrescenta o G1.

A JBS concluiu o pagamento da totalidade das dívidas reguladas pelo acordo de normalização perante as instituições financeiras signatárias, no valor de R$ 1,5 bilhão, equivalentes a US$ 358 milhões. Dessa forma, a companhia antecipou o vencimento dessa dívida, que seria em julho de 2021, e liberou um total de R$ 7,8 bilhões em garantias que estavam atreladas ao seu pagamento integral.

Já o Valor Econômico traz reportagem informando que os quatro frigoríficos com capital aberto nunca registraram um valor de mercado tão alto. Segundo a publicação, na média, JBS, BRF, Marfrig e Minerva tiveram alta de 114% na B3. Em valor de mercado, somam R$ 131 bilhões, R$ 77 bilhões a mais em relação ao final de 2018.

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As exportações para a China, que sofre com os efeitos da epidemia da peste suína africana, o que acabou elevando os preços dos produtos, são a principal razão. O Valor ressalta ainda que, como não há indícios de controle da situação, as vendas externas devem seguir consistentes.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras fechou com a empresa Central Resources do Brasil Produção de Petróleo Ltda contratos para a venda da totalidade de sua participação nos campos terrestres de Ponta do Mel e Redonda, localizados no Estado do Rio Grande do Norte. O valor da venda é de US$ 7,2 milhões, a serem pagos integralmente no fechamento da transação, sem considerar os ajustes devidos.

A petroleira comunicou ainda ter concluído a devolução das concessões da distribuidora de gás que a estatal brasileira mantinha no Uruguai ao governo uruguaio. Segundo nota, a subsidiária Petrobras Uruguay Sociedad Anónima de Inversiones (Pusai) transferiu suas ações nas empresas Distribuidora de Gas de Montevideo S.A. (DGM) e Conecta S.A. ao Estado uruguaio. Com isso, a Petrobras sai do segmento de distribuição de gás natural no Uruguai.

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A Petrobras também iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (teaser), referente à venda da totalidade de sua participação em oito blocos exploratórios em terra, localizados na Bacia do Recôncavo, no Estado da Bahia. Os blocos estão localizados em área com infraestrutura instalada e sistema petrolífero comprovado, próximos de campos em produção. A Petrobras detém 100% de participação nestas oito concessões. As ofertas deverão ser realizadas por bloco.

BR Distribuidora (BRDT3)

A BR Distribuidora informou o recebimento de valores referentes aos Instrumentos de Confissão de Dívidas – ICDs assinados com a Eletrobras e suas controladas distribuidoras de energia. Considerando o montante de R$ 1,446 bilhão, recebido da Amazonas Energia em 27 de setembro de 2019 e o valor de R$ 38,1 milhões recebido ontem da Eletrobras, os referidos ICDs passam a ter um saldo remanescente de R$ 649,4 milhões, a ser quitado em mais 19 parcelas.

Desde a assinatura destes instrumentos, a companhia já recebeu um montante total de R$ 4,125 bilhões.

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Vale (VALE3)

O Ministério Público Federal informou que recorreu da decisão em que a Justiça Federal excluiu oito integrantes da alta cúpula da mineradora Samarco do julgamento sobre a tragédia de Mariana (MG). Eles eram acusados de ter participado de decisões que culminaram no rompimento da barragem em novembro de 2015. No episódio, 39 milhões de metros cúbicos de lama vazaram, provocando 19 mortes e a poluição na bacia do Rio Doce.

A tragédia de Mariana não resultou, até o momento em nenhuma prisão, nem de caráter temporário. Atualmente, nove dos 22 denunciados seguem como réus. Entre eles, o então presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, e o então diretor-geral de Operações da empresa, Kleber Terra.

Além disso, a Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton também continuam respondendo no processo.

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A Vale informou ainda que foram emitidas 82 Declarações de Condição de Estabilidade (DCE) positivas das estruturas de suas unidades operacionais no Brasil. Três estruturas melhoraram suas condições de estabilidade e, portanto, obtiveram DCEs positivas nesse segundo semestre, após avaliação negativa em março: Barragem 5, da Mina Águas Claras, Barragem Taquaras, da Mina Mar Azul, ambas em Nova Lima (MG), e a barragem Pondes de Rejeitos da unidade Igarapé Bahia (PA).

Segundo fato relevante, as barragens desativadas com alteamento a montante, cujas Zonas de Autossalvamento (ZAS) já haviam sido evacuadas por estarem em níveis 2 e 3 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), permanecem com DCEs negativas. São elas: barragem Sul Superior, da Mina Gongo Soco; barragem B3/B4, da Mina Mar Azul; e barragens Forquilha I, Forquilha II, Forquilha III e Grupo, do complexo Fábrica.

Já as barragens desativadas com alteamento a montante, cujas Zonas de Autossalvamento (ZAS) já haviam sido evacuadas por estarem em níveis 2 e 3 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), permanecem com DCEs negativas. São elas: barragem Sul Superior, da Mina Gongo Soco; barragem B3/B4, da Mina Mar Azul; e barragens Forquilha I, Forquilha II, Forquilha III e Grupo, do complexo Fábrica.

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A Vale destacou que, além de manter os reservatórios secos e minimizar o aporte de água nestas estruturas, iniciando o processo de descaracterização, também está realizando obras de contenção à jusante das barragens, reforçando as medidas de segurança da população, animais e do meio ambiente.

A barragem Vargem Grande, do Complexo Vargem Grande, também desativada e com alteamento a montante, manteve sua DCE negativa. No entanto, em função do rebaixamento do nível de água do reservatório e a reavaliação da instrumentação pelos auditores externos, a barragem teve seu nível de alerta do PAEBM reduzido de 2 para 1 no mês de junho.

A mineradora acrescente que, além dessas, outras estruturas, com estudos complementares e obras já em andamento, mantiveram suas DCEs negativas: barragem Sul Inferior, da Mina Gongo Soco; Dique B e barragem Capitão do Mato, da Mina Capitão do Mato; barragem Marés II, do complexo Fábrica; Barragem Campo Grande, da Mina Alegria; barragem Maravilhas II, do Complexo Vargem Grande; barragem Doutor, da Mina Timbopeba; sistema Pontal, do Complexo de Itabira; Barragem VI, da Mina Córrego de Feijão e; Barragem de Captação de Água da unidade Igarapé Bahia.

“Tais estruturas continuam interditadas em nível 1 de emergência do PAEBM, sem a necessidade de evacuação das ZAS. A barragem de sedimentos Capim Branco, do Complexo Paraopeba, recebeu DCE negativa nesse semestre por conta de reavaliação das informações dessa estrutura”, afirma, acrescentando que será acionado o nível 1 de emergência desta barragem, sem a necessidade de evacuação da ZAS.

“As DCEs negativas das estruturas mencionadas acima não alteram a projeção de vendas de minério de ferro e pelotas entre 307 e 332 Mt em 2019, com expectativa que as vendas se situem ao redor do centro da faixa”, finaliza a empresa.

Bancos e incorporadoras

O Estadão destaca que, após o Itaú anunciar a redução dos juros nos financiamentos imobiliários, o Bradesco seguiu o mesmo caminho. Os dois bancos privados disputam a vice-liderança do mercado. Em uma semana, a taxa caiu 0,33 ponto porcentual. Em julho, o Santander, que não descarta nova redução, já havia reduzido suas taxas.

Telebras (TELB4)

A Telebras informou que levará à Assembleia Geral Extraordinária a proposta de aumento de capital de R$ 1,594 bilhão, para R$ 3,107 bilhões, mediante a capitalização de créditos da União no valor de R$ 1,512 bilhão.

Caso aprovada na AGE, convocada para o dia 31 de outubro, a proposta prevê a emissão de 10.184.492 de ações ordinárias e, 8.074.780 de ações preferenciais. O preço de emissão será de R$ 117,59 por ação preferencial, para subscrição privada.

Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)

Os preços da celulose de fibra curta (BHKP) na China atingiram US$ 465,91 a tonelada, cifra US$ 3,8 inferior à da semana passada e US$ 14,1 menor na comparação mensal, segundo relatório a clientes publicado pelo Itaú BBA. Já a fibra longa (NBSK) na China atingiu US$ 565,04, retração de US$ 0,9 na semana e US$ 5,5 menor em um mês.

Na Europa, o preço BHKP atingiu US$ 750,35, significando uma queda de US$ 0,4 na semana e de US$ 49,7 no mês, enquanto o preço NBSK ficou em US$ 850,26 (-US$ 0,9 na semana e -US$ 50,3 em um mês).

Movida (MOVI3)

A Movida Participações informou que alterou de R$ 0,076203297 para R$ 0,067176371 o montante a ser pago de juros sobre o capital próprio, conforme aprovado pelo conselho em 28 de junho. A alteração decorre do aumento do capital social no âmbito da oferta pública de distribuição primária e secundária de ações.

Farão jus aos juros sobre o capital próprio os detentores de ações com posição acionária em 27 de setembro. O valor bruto total será de R$ 20 milhões. As ações serão negociadas ex-direito aos juros sobre capital próprio a partir de 30 de setembro de 2019, inclusive.

Hapvida (HAPV3) e Odontoprev (ODPV3)

O Morgan Stanley iniciou a cobertura de Hapvida com recomendação “equal-weight”. Para Odontoprev, a instituição promoveu o rebaixamento da recomendação para “underweight”.

CCR (CCRO3)

A CCR aprovou a captação de recursos pela AutoBAn por meio da emissão de debêntures no montante de R$ 770 milhões. O prazo de vencimento será de sete anos e a remuneração corresponderá à variação acumulada de 100,00% da taxa DI, acrescida de uma sobretaxa ou spread de até 1,20%.

CPFL Energia (CPFE3)

A CPFL Energia informou que finalizou a operação de compra da participação da State Grid na CPFL-Renováveis, ao preço de aquisição de R$ 16,85 por ação. “A operação permite a criação de potenciais sinergias entre a CPFL Energia e suas controladas, correspondendo ao primeiro passo de uma possível reestruturação mais ampla ainda a ser avaliada envolvendo a CPFL Energia, a CPFL-R e outras controladas”, afirmou.

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

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