Prefixados pagam 7,17% ao ano nesta quinta-feira; confira taxas do Tesouro Direto

Mercado repercute decepção com anúncio de privatizações e tem cautela após discurso de presidente do Federal Reserve de Kansas

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta quinta-feira (22).

Entre os destaques do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que variou 0,08% em agosto, ante estimativa da mediana do consenso Bloomberg de 0,16%. O resultado foi o menor para o mês de agosto desde 2010. No comparativo anual, a alta foi de 3,22%, ante projeção de 3,32%.

Após a euforia que tomou conta dos mercados na última quarta-feira (21), com a notícia de privatização de estatais brasileiras, os investidores se decepcionaram com a inclusão de 9 empresas nos planos de desestatização, em vez das 17 noticiadas anteriormente.

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Já no âmbito internacional, os investidores operam com cautela depois da presidente do Federal Reserve de Kansas, Esther George, afirmar que a economia dos Estados Unidos não precisa de taxas de juros mais baixas.

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No Tesouro Direto, o título com rendimento prefixado e vencimento em 2022 oferecia um prêmio anual de 5,90%, ante 5,88% na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 873,80 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 34,95 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

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O Tesouro Prefixado com prazo em 2025 pagava uma taxa de 6,87% ao ano, ante 6,84% a.a. mais cedo, enquanto o retorno do papel com juros semestrais e vencimento em 2029 avançava de 7,15% para 7,17%.

Nos títulos com rendimento atrelado à inflação, o Tesouro IPCA+ 2024 pagava uma taxa de 2,86% ao ano, ante 2,83% a.a. anteriormente. Já o papel com juros semestrais e vencimento em 2026 oferecia um prêmio de 2,99% ao ano, ante 2,95% a.a. pela manhã.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (22):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,86% R$ 56,28 R$ 2.814,43
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,55% R$ 37,47 R$ 1.873,81
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,55% R$ 39,69 R$ 1.323,26
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 2,99% R$ 38,39 R$ 3.839,24
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,42% R$ 42,82 R$ 4.282,91
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,61% R$ 46,57 R$ 4.657,79
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,90% R$ 34,95 R$ 873,80
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 6,87% R$ 35,05 R$ 701,06
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,17% R$ 35,98 R$ 1.199,40
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 102,70 R$ 10.270,60

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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