Indicação de Eduardo à embaixada nos EUA divide base eleitoral de Bolsonaro

Levantamento mostra que 45% dos eleitores que declararam voto em Bolsonaro nas últimas eleições são contra a iniciativa

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, para a embaixada brasileira em Washington (EUA) sofre resistência de parcela significativa dos próprios eleitores do pesselista. É o que mostra pesquisa realizada pela empresa de inteligência de dados Quaest.

O levantamento mostra que 55% dos eleitores que dizem ter votado em Bolsonaro no segundo turno concordam com a iniciativa. Por outro lado, 45% dos entrevistados que apoiaram o pesselista no pleito são contra a indicação.

Já entre aqueles que apoiaram o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) na última corrida presidencial, 97% são contra a escolha do filho do presidente para um dos mais cobiçados postos da diplomacia brasileira. Entre os eleitores que dizem não ter votado em nenhum dos dois no segundo turno, apenas 10% são favoráveis à ocupação da embaixada pelo deputado.

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Considerando a totalidade dos eleitores que responderam ao questionamento, 72% discordam da ideia. A maior resistência é observada entre as mulheres, com taxa de rejeição de 74%; entre os jovens (18 a 29 anos), 75%; das regiões Nordeste, 74%, e Centro-oeste, 74%; e das classes B, 76%, e D, 76%.

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A pesquisa foi feita entre os dias 17 e 18 de agosto por meio de abordagem ativa telefônica com 1.500 eleitores com mais de 18 anos, de todas as regiões do país.

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Para que seja efetivado, o nome de Eduardo Bolsonaro precisa ser apreciado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado e aprovado por mais da metade dos votos dos presentes em votação em plenário.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.