Tenho R$ 10 mil e quero alcançar R$ 1 milhão: em quanto tempo e como consigo?

Para alcançar o milhão, o investidor terá que alinhar tempo com boas opções de investimentos

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Na busca pelo primeiro milhão, o tempo é um dos principais aliados do investidor, principalmente quando o orçamento é apertado. Quanto antes a pessoa começar a investir, melhor será o trabalho dos juros compostos e, consequentemente, maiores serão as rentabilidades obtidas para atingir determinados objetivos.

Fernanda Alves, assessora de investimentos na Praisce Capital, explica que o compromisso de investir pensando no longo prazo é fundamental para ter maiores ganhos, mas que no Brasil isso nem sempre é colocado em prática. “O brasileiro não estranha um compromisso de financiamento imobiliário de 20 anos, mas geralmente torce o nariz para uma proposta de investimento de longo prazo”, brinca. 

Considerando uma quantia inicial de R$ 10 mil, o InfoMoney conversou com dois assessores de investimentos para entender quanto tempo seria necessário para alcançar o R$ 1 milhão, quais os melhores investimentos para cada perfil de investidor e alternativas para acelerar essa conquista.

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Perfil Conservador

De acordo com Fernanda, o investidor conservador que não pretende realizar aportes mensais levaria cerca de 44 anos para alcançar o primeiro milhão (considerando uma rentabilidade de 11% ao ano em renda fixa). Mas é possível reduzir esse prazo caso o investidor opte por fazer aportes mensais: adicionando R$ 500/mês, a meta de R$ 1 milhão pode ser alcançada em 26 anos, enquanto aplicando mensalmente R$ 1 mil, o prazo cai para 21 anos.

Fernanda explica que essa rentabilidade anual não é fácil de ser conseguida com a Selic em 6,5% ao ano, porém, conta que a média da taxa básica de juros projetada pelo Banco Central para os próximos três anos é de 8% a.a., o que torna o objetivo mais “alcançável”. Investidores conservadores podem apostar em debêntures, CDBs pré-fixados, CDBs atrelados à inflação, títulos públicos de longo prazo (NTN-B 2050) e fundos de renda fixa com boa classificação Morning Star para chegar aos 11% a.a. 

“Se optar por CDBs, por exemplo, o investidor vai ter que abrir mão da liquidez. Agora, se quiser um portfólio mais líquido, pode deixar metade em títulos públicos (Tesouro Direto) para aumentar a liquidez e travar o restante de 3 em 3 anos, através de CDBs que pagam 120% do CDI”, explica Daniel Zamboni, assessor de investimentos na Br Investe.

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Perfil moderado

Para o investidor de perfil moderado, o leque de opções pode ser expandido também para fundos multimercados de baixa e média volatilidade, COEs (Certificados de Operações Estruturadas), CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e fundos imobiliários. Segundo Zamboni, considerando uma rentabilidade de 13% ao ano e sem aportes mensais, a pessoa levaria 37 anos e 9 meses para alcançar o milhão – prazo que pode ser reduzido para 24 anos caso o aporte seja de R$ 500, ou 19 anos, com aportes mensais de R$ 1 mil.

Na parte da renda fixa, o assessor explica que os CRAs são uma boa opção, mas destaca que a maioria é destinada a investidores qualificados, ou seja, quem tem no mínimo R$ 1 milhão em patrimônio investido. “Se você for um investidor qualificado, a vantagem é que é uma aplicação isenta de IR e tem proporcionado rentabilidades próximas de 130% do CDI (115% do CDI quando retirado o IR)”. 

Zamboni explica que os fundos adequados para os investidores de perfil moderado são os fundos que aplicam em crédito privado: “Eles são para perfil moderado, porque não têm risco de mercado, já que não negociam ativos no mercado secundário”, explica. O risco, nesse caso, é de crédito, ou seja, de a empresa não honrar com seus compromissos na hora do pagamento da dívida.

Ele destaca que a desvantagem desses fundos, porém, é a questão da liquidez, visto que a maioria é D+60 e algumas até D+180. “O que daria mais liquidez são os CRAs e os fundos imobiliários, mas estes últimos não podem ter uma alocação muito alta, já que são uma espécie de renda variável”, diz.

Perfil agressivo

Considerando o investimento inicial de R$ 10 mil e uma rentabilidade anual de 15% a.a., alcançar R$ 1 milhão levaria 33 anos para o investidor de perfil arrojado, caso ele optasse por não realizar aportes. Adicionando R$ 500/mês o prazo cairia para 21 anos e investindo R$ 1 mil todo mês, a meta seria alcançada em 17 anos. Para ter essa rentabilidade, o investidor pode aplicar nos mesmos títulos das duas primeiras carteiras e ainda, buscar fundos multimercados de alta volatilidade e fundos de ações. 

“Essa carteira é a mais desafiadora, porque quanto mais a pessoa buscar um CDI alto, menos certa será a rentabilidade e maior será a oscilação”, explica Zamboni. O assessor conta que é fundamental que o investidor faça uma pesquisa prévia no mercado de fundos de ações antes de investir, visto que é possível encontrar fundos com boa rentabilidade e “baixa” volatilidade – bem como o contrário. “É preciso achar o melhor custo-benefício entre oscilação e rentabilidade”, diz. 

Confira, abaixo, o tempo para alcançar R$ 1 milhão de acordo com os diferentes cenários de aportes e taxas de juros:

milhão

* Vale lembrar, que a estratégia agressiva pode garantir que você chegue no R$ 1 milhão mais rápido, porém, as opções estão mais expostas a oscilações e riscos do mercado. 

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