Ibovespa Futuro opera acima dos 100 mil pontos; dólar cai abaixo dos R$ 3,80 de olho no exterior e Previdência

O mercado brasileiro acompanha o dia positivo no exterior e também fica de olho no noticiário sobre a Reforma da Previdência, com a perspectiva da chegada das reformas dos militares no Congresso na próxima quarta-feira 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após o Ibovespa superar a marca histórica de 100 mil pontos no intraday e fechar muito perto desse patamar, a sessão desta terça-feira (19) promete ser de renovação de recordes para o índice, conforme sinalizam os contratos futuros nesta manhã. 

O contrato futuro do Ibovespa com vencimento em abril de 2019 tem leves ganhos de 0,23%, a 100.735 pontos: vale ressaltar que, ontem, o Ibovespa Futuro atingiu o patamar dos 100 mil pontos cerca de três horas antes do índice à vista. Já o dólar futuro tem nova sessão de queda, com baixa de 0,41%, a R$ 3,779. Já o dólar comercial tem baixa de 0,25%, a R$ 3,782 na venda. 

O mercado brasileiro acompanha o exterior e também fica de olho no noticiário sobre a Reforma da Previdência. Na sessão desta terça, o S&P futuro e as bolsas europeias sobem, enquanto dólar tem leve baixa contra maioria das moedas emergentes com os investidores aguardando as reuniões do Fomc nesta quarta e do Bank of England na quinta-feira.

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No mercado de commodities, o petróleo sustenta alta e mantém os US$ 59 alcançados ontem após Opep reafirmar compromisso com cortes, enquanto metais sobem em Londres, com cobre favorecido por indicador técnico, e minério de ferro segue sendo impulsionado por paralisações de barragens da Vale

Já no noticiário brasileiro, Jair Bolsonaro ressaltou que a reforma das aposentadorias dos militares irá à Câmara na quarta-feira. 

A perspectiva de envio do projeto amanhã também foi destacada pelo secretário da Previdência Rogério Marinho. Segundo ele, o projeto de reforma da Previdência dos militares vai ser apresentado juntamente com um projeto que trata do recrudescimento de cobrança de dívidas a grandes devedores e de instrumentalização da Procuradoria-Geral da Fazenda na cobrança de dívidas de menor monta.

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Além disso, espera-se também que o governo inclua o pacote de socorro a estados como contrapartida ao apoio à reforma da Previdência. Cessão onerosa, medidas para a Eletrobras, iniciativas conjunturais e propostas relativas à recuperação judicial e falência de empresas também serão debatidas. 

Encontro entre Bolsonaro e Trump no radar

O mercado fica de olho também no encontro entre Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na tarde de hoje, na Casa Branca. Eles se reúnem sozinhos, inicialmente, no Salão Oval e, em seguida, haverá uma conversa ampliada, incluindo as equipes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos (EUA).

“A expectativa [para o encontro] é ótima. O presidente Trump já demonstrou, por meio da sua fidalguia na recepção ao nosso presidente, nos colocando na Blair House, que esse encontro será histórico para ambos os países”, disse ontem (18) o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.

Especialistas apontam que não há muito o que se esperar desta reunião em termos concretos – porém, há muito simbolismo com esse encontro.  Se de um lado o governante brasileiro já falou que serão assinados acordos em sua visita, não houve qualquer sinalização por parte do republicano. Confira as perspectivas para o encontro clicando aqui. 

Vale destacar que, ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em conferência na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, em Washington, nos Estados Unidos, que o Brasil está em busca de parcerias econômicas e que abrirá seu mercado para investimentos externos. O discurso foi realizado no evento “Brazil Day”, organizado pelo conselho empresarial Brasil e Estados Unidos, e Guedes aproveitou a ocasião para convidar os empresários do país a investirem em projetos brasileiros. 

“Vocês podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal. Todos vão estar lá: chineses, americanos, noruegueses”, afirmou. 

Na agenda econômica, terá início a reunião de política monetária do Copom, com conclusão na próxima quarta-feira. Em meio a apostas unânimes de Selic estável, o Copom de estreia de Roberto Campos Neto servirá para o mercado avaliar o tom da comunicação do novo banqueiro central em cenário de atividade ainda fraca e ressurgimento do debate sobre corte de juros. Analistas esperam mudanças apenas pontuais no discurso, como possível ajuste no balanço de riscos em direção a uma menor assimetria, dada a atividade fraca.

Noticiário corporativo

A Petrobras informou que o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, indicou Andrea Marques de Almeida para o cargo de diretora executiva financeira e de relacionamento com investidores da estatal, e Rafael Salvador Grisolia para o cargo de presidente da Petrobras Distribuidora.

A Embraer, por sua vez, informou que o atual presidente da companhia, Paulo Cesar de Souza e Silva, deixará o cargo no dia 22 de abril, quando termina seu mandato. De acordo com o documento, a empresa irá anunciar o sucessor até o encerramento das atividades do CEO.

Já a  Vale informou que obteve decisão liminar autorizando o imediato restabelecimento das atividades no Terminal da Ilha Guaíba (TIG), em Mangaratiba (RJ). “A Vale reafirma que possui todas as licenças e autorizações, válidas e vigentes, necessárias à regular operação do referido terminal marítimo”, escreveu a companhia em comunicado. 

Enquanto tal terminal pode voltar à normalidade, a Justiça de Minas Gerais proibiu a mineradora de depositar rejeito em duas barragens em Itabira: Dique Minervino e Dique Cordão Nova Vista. Na determinação, a juíza Dayane Rey da Silva, da 1ª Vara Cível da comarca de Itabira, afirma que, com base nas informações disponíveis, os peritos não estão aptos a confirmar a estabilidade de “nenhuma das barragens mencionadas”.

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.