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SÃO PAULO – As taxas mais baixas de juros têm levado os investidores de renda fixa a sair em busca de outras aplicações além do conservador Tesouro Direto para diversificar seu portfólio e manter os ganhos elevados.
No meio desse caminho surgem a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), modalidades de investimento em renda fixa que consistem em títulos de crédito emitidos por instituições financeiras para financiar o setor imobiliário, no caso da LCI, e o agronegócio, no caso da LCA.
eiras com um prazo de vencimento determinado, ao final do qual o investidor recebe de volta o valor investido acrescido dos juros pactuados”, explica André Bona, educador financeiro do Blog de Valor.
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Veja os quatro principais motivos para investir em LCI e LCA, segundo André Bona:
1 – A isenção de imposto de renda
Geralmente, a alíquota mínima de imposto de renda que incide sobre investimentos é de 15%, quando o investidor permanece com a aplicação por mais de 720 dias, e vai crescendo quanto menor for o prazo da aplicação.
Veja exemplos: Se o investimento tiver prazo que varie entre 361 e 720 dias, a alíquota será de 17,5%, se o prazo for de 181 a 360 dias, a alíquota será de 20%, e, por fim, se o prazo do investimento for inferior a 180 dias, a alíquota a ser paga será a máxima, de 22,5%. Portanto, os custos dos impostos é uma questão que não pode ser ignorada no seu planejamento financeiro e tem grande impacto na rentabilidade dos seus investimentos.
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Uma das maiores vantagens de investir em LCI e LCA, é o fato de sobre elas não incidir imposto renda. Por se tratar de investimentos que têm como objetivo financiar a expansão do setor imobiliário e do agronegócio, áreas de grande importância para país, o governo decidiu isentá-las do imposto a fim de fomentar o crescimento dessas atividades.
2 – Garantia do FGC
As LCIs e as LCAs são garantidas pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que é uma entidade privada criada para proteger os investidores e garantir maior segurança aos investimentos, funcionando como uma espécie de seguro. O FGC garante ao investidor o reembolso das aplicações feitas até o limite R$ 250 mil, por CPF, em cada instituição financeira. Perceba que o limite é por instituição financeira. Dessa maneira, você pode ter mais de R$ 250 mil investidos — porém, é importante que eles estejam distribuídos em mais de uma instituição, para que você não ultrapasse o limite do seguro. Por exemplo, se há R$ 450 mil disponíveis para investir em LCIs e LCAs. Nesse caso, para contar com a proteção do FGC, deve-se investir R$ 225 mil na instituição A e R$ 225 mil na instituição B, ficando abaixo do limite de R$ 250 mil em cada uma das instituições. Portanto, se investir em LCI e LCA, terá uma segurança adicional para que, caso a instituição financeira venha a quebrar, você não tenha prejuízos, o que faz essas modalidades de investimentos serem muito seguras, segundo Bona. 3 – Baixo custo de investimento
Conforme explicado, as LCIs e as LCAs são isentas de imposto de renda, o que já barateia os custos do investimento. Além disso, é preciso destacar que a maior parte das corretoras de valores não cobra taxa de custódia para os investimentos nesses papéis, o que faz o custo do investimento ser quase nulo. 4 – Risco facilmente mensurável
Apesar de serem investimentos extremamente seguros e apresentarem boa rentabilidade, as aplicações em LCIs e LCAs estão sujeitas a dois tipos de risco: – Risco de crédito Assim, o risco real é de que a instituição quebre e o investidor tenha que aguardar os trâmites burocráticos para ser reembolsado pelo FGC — o que pode demorar bastante, pois esse reembolso não é automático. – Risco de liquidez Mesmo quando isso for possível, no caso da LCI, o investidor poderá apurar prejuízos ao vender o título no mercado secundário. Dito isso, não é recomendável que o investidor, por exemplo, aplique a sua reserva de emergência em LCIs e LCAs, que são investimentos voltados para o médio prazo. Por isso, os investimentos voltados para o curto prazo devem ser feitos em ativos com alta liquidez, que permitam o resgate em menor prazo.
O risco de crédito é a possibilidade de a instituição financeira emissora do título vir a tornar-se insolvente. Nesse caso, o investidor estará protegido pela cobertura do FGC, desde que tenha se precavido de manter os seus investimentos no limite de R$ 250 mil.
De forma simplificada, chamamos de liquidez a velocidade em que um ativo financeiro pode ser transformado em “dinheiro vivo”, disponível para a utilização imediata. É o risco de liquidez que o investidor deve estar mais atento ao investir em LCI e LCA. O investimento nesses papéis não é indicado para quem não possa aguardar o vencimento do título, pois nem sempre será possível vendê-los antecipadamente.