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SÃO PAULO – Em reunião na última quarta-feira (11), o Copom (Comitê de Política Monetária) optou por reduzir a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual para 13% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado, uma vez que o Comitê se mostrava moderado até o momento, reduzindo 0,25 ponto percentual – o esperado nesta reunião era um corte de 0,5 p.p.
Além da redução dos juros afetar diretamente os investimentos de renda fixa pós-fixados, que seguem a taxa Selic (ou o CDI) – e portanto vão passar a pagar menos- o assessor de investimentos da Allux Investimentos Ronaldo Bella, afirma que a medida irá afetar a remuneração dos títulos prefixados, pois os bancos devem oferecer taxas menores do que as atuais, que já vêm caindo desde o ano passado. O interessante, na opinião do assessor, é manter os títulos por um período mais longo, de dois a quatro anos. “O Copom não tem fôlego, pelo menos para os próximos dois anos, para aumentar as taxas de juros. Isso ocorre, pois, a taxa Selic é o custo da dívida pública, ou seja, o quanto o governo paga de juros. Quando mais alta a taxa, maior é a dívida do governo, o que diminui investimentos da iniciativa privada, encarece o crédito e não é interessante nem para o mercado, nem para o governo. ”
Títulos atrelados à inflação também devem sofrer, segundo ele, uma vez que são parcialmente prefixados. “Investir em indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é uma aposta de proteção: se os juros caem, o investidor se beneficia; se estimular o mercado e aumentar a inflação, ele também sai ganhando”. Bella explica que pelo fato de os títulos indexados à inflação serem maleáveis, é interessante neste momento aumentar a sua exposição na carteira.
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Já na opinião de Max Scatimburgo, assessor na Atlas Invest, o melhor momento para investir em renda fixa já passou, e o investidor que quiser maior rentabilidade deverá optar por produtos mais arrojados, como fundos multimercados ou ações. Segundo ele, os gestores já precificavam a queda, uma vez que as taxas vêm caindo deste o final do ano passado.
Para os investidores que quiserem aproveitar a queda dos juros e ter um lucro mais arrojado aplicando em renda fixa, o assessor recomenda o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2024, visto que o 2019 já está muito precificado pelo mercado.