Cenário está favorável para mudança, diz economista; veja onde aplicar seu dinheiro

Com a proximidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, há boas oportunidades de investimento no Brasil

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Nos últimos meses, o mercado financeiro no Brasil foi completamente dominado pelo noticiário político e pela possibilidade cada vez mais plausível da presidente Dilma Rousseff (PT) ser afastada de seu cargo. Com isso, tanto a renda fixa quando a variável passaram por fortes variações em seus indicadores. No entanto, qual caminho o investidor deve tomar agora, com a possibilidade de uma nova gestão já na semana que vem?

Max Scatimbugo, economista e assessor de investimentos da Atlas Invest, acredita que as chances de a presidente ser afastada temporariamente de seu cargo em sessão no Senado na semana que vem são muito altas, no entanto, não houve tanta mudança no preço dos ativos desde a admissão do andamento processo de impeachment na Câmara dos Deputados no mês de abril.

“Fora isso, por acaso ou não, o cenário tanto aqui quanto externo está favorável para as mudanças que tendem a acontecer. Juros americanos tendem a se manter nesse patamar por mais tempo que o imaginado inicialmente, os yields dos ativos nas economias desenvolvidas estão muito baixos e com isso a alocação busca um pouco mais de risco”, afirma Max.

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“Acredito que estamos em um momento de religar os motores da economia e com um cenário mais certo e previsível para os agentes. Com isso, já vemos os fundos multimercados começando a melhorar seus rendimentos, fora que a leitura do cenário pelos gestores, que conta muito, fica mais clara e eles conseguem captar bons movimentos em diferentes mercados, com risco diluído ou diversificado. São ótimas opções e pode-se escolher quanto de risco se tomar, alocando diferentes percentuais do portfólio em fundos com diferentes níveis de risco”, explica.

Aderson Gegler, sócio-diretor da Moinhos Investimentos, comenta que o que não está totalmente precificado ainda pode ser o mercado de títulos de renda fixa prefixados. “Um novo governo fiscalmente responsável, com um plano crível de recuperação econômica e junta-se a isso a proximidade do fim do forte ciclo de alta dos preços administrados que passamos, com a inflação tendendo a voltar para patamares mais ‘sadios’, poderia trazer confiança ao mercado e antecipar ainda mais um cenário de queda de juros e de aumento de investimento em infraestrutura”, comenta.

“É importante ressaltar que isto é uma posição mais especulativa, onde as aplicações em renda fixa pré-fixadas e os fundos multimercado macro poderiam sair beneficiados, mesmo que boa parte desse movimento já tenha ocorrido. Para quem é mais conservador, títulos de renda fixa pós-fixados a 115% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou 116% do CDI para um prazo de até 24 meses poderia ser mais adequado”, encerra Aderson.

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