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Os fundos de previdência privada formam uma das categorias que mais crescem em toda a indústria de fundos nos últimos anos, mas esse ainda é um setor em que é preciso conhecer as alternativas para evitar cair em armadilhas. “A taxa de carregamento é um pênalti contra o investidor”, alerta Gustavo Pires, head de fundos da XP Investimentos e de Previdência da XP Corretora de Seguros.
Essa é uma taxa que pode ser cobrada na entrada ou na saída, ou seja, no momento em que é feito o investimento ou na retirada dos recursos. Normalmente oscilando entre taxas de 1% a 5%, esse custo incide sobre todo o dinheiro aportado pelo investidor, e por isso se torna ainda mais prejudicial quando é cobrado na entrada, corroendo a aplicação antes mesmo de o dinheiro começar a render.
Isso quer dizer que se o investidor aporta R$ 1.000 em um fundo de previdência privada com taxa de carregamento de 3% na entrada, por exemplo, há um desconto de R$ 30. Esse valor que o investidor deixa na mesa, no longo prazo, traz um forte efeito adverso na rentabilidade.
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Isentos da taxa de carregamento
Buscando alternativas, principalmente fora dos grandes bancos, é possível encontrar fundos de previdência privada isentos da taxa de carregamento. Esse é o caso de dezenas de fundos da Icatu e da SulAmérica distribuídos pela XP Corretora de Seguros. “As instituições independentes, vendo o crescimento vertiginoso dos fundos de previdência privada, entraram nesse segmento para se diferenciar dos velhos hábitos das seguradoras em geral”, afirma Pires.
A taxa de carregamento, quando existe, é um dos principais custos na previdência privada. Além dela, existe a taxa de administração, mas diferentemente das outras categorias de fundos, nos de previdência privada não há a cobrança semestral do come-cotas.
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Segundo dados disponibilizados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), nos últimos cinco anos o crescimento dos fundos de previdência privada alcançou a marca de 85%, de acordo com informações disponíveis até julho deste ano. Como base de comparação, o patrimônio líquido dos fundos de ações diminuiu nesse período, e os fundos de renda fixa e multimercados cresceram em ritmo mais lento, de 41% e 28%, respectivamente.
Como funciona
Os fundos de previdência privada são formados por gestoras e oferecidos por seguradoras, que são as únicas cotistas. A distribuição é feita por uma instituição financeira especializada, que é por onde o cliente contrata o produto.
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Existem dois tipos de planos que podem ser contratados: PGBL, indicado para quem faz declaração do Imposto de Renda pelo formulário completo, e VGBL, para quem declara pelo modelo simplificado ou que deseja investir mais do que 12% de sua renda bruta anual tributável.
Essa orientação vem do fato de as contribuições feitas no PGBL são dedutíveis da base de cálculo do Imposto de Renda até 12% da renda bruta anual. A tributação é feita sobre o valor total resgatado ou sobre a renda recebida, enquanto nos planos VGBL a incidência somente ocorre sobre o ganho de capital. Os investidores ainda podem escolher entre a tabela progressiva ou regressiva do Imposto de Renda.