Fundos de pensão rendem 8,44% no primeiro semestre

Apesar de bons resultados alcançados, Abrapp acredita que o sistema ainda tem muito a crescer

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) mostrou que a rentabilidade média dos fundos de pensão foi de 8,44% no primeiro semestre de 2016. Com o resultado, a rentabilidade acumulada pelas fundações em 15 anos somou 635%, número acima da Taxa de Juros Padrão (TJP), de 515% no período.

Considerando uma melhora da economia brasileira e uma taxa Selic de 13,75% no final do ano, a expectativa da Abrapp é de que o ganho dos fundos de pensão seja de 16,14%, para uma TJP de 15,19%.

De acordo com a entidade, o potencial do sistema é ainda maior para os próximos anos, podendo chegar a um crescimento médio dos ativos de 4,7% ao ano, em comparação com o aumento estimado do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,4% ao ano. A Abrapp estima ainda, que o número de participantes suba dos atuais 2,5 milhões para 14 milhões em um período de cinco anos, podendo chegar a 15,3 milhões em 2036.

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“O país tem grandes desafios, que passam pela revisão estratégica de políticas econômicas e sociais. É preciso encontrar uma solução simultânea para os desafios impostos pela macroeconomia e pelo bem-estar social. Daí a importância de fomentar o sistema e com esse objetivo a Abrapp elaborou o Plano Nacional de Fomento à Poupança Previdenciária”, conta Jose Ribeiro Pena Neto, presidente da Abrapp.

O executivo considera fundamental a adoção de medidas para aprimorar o sistema, o que traria, segundo ele, benefícios para os participantes e para a economia brasileira como um todo. “Fomentar a previdência complementar é a alternativa mais consistente para a recuperação da poupança no Brasil. Não há outra opção: somente com uma nova e maior previdência complementar o país vai gerar poupança no longo prazo, que viabilizará investimentos produtivos e uma ampla rede proteção social”, afirma.

Segundo José Ribeiro, o plano da Abrapp para fomentar o sistema, é baseado em cinco iniciativas: mudança do modelo previdenciário; estrutura e regulação da previdência complementar; inovação em produtos; engajamento associativo; e comunicação, educação e cultura previdenciária.

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Com relação ao novo modelo previdenciário, a proposta da Abrapp é baseada em quatro pilares aos novos entrantes. Os obrigatórios seriam: Repartição (com benefício contributivo por repartição para todas as classes trabalhadoras) e Capitalização (benefício contributivo por capitalização com conta vinculada ao trabalhador). Já os facultativos, baseiam-se na Previdência Complementar Coletiva (capitalização coletiva com incentivos tributários para formação de poupança de longo prazo) e na Poupança Individual (capitalização individual, também incentivado para poupança de longo prazo).